Integrantes das bancadas do PL, União Brasil e do PT debateram a falta de leitos de UTIs e a escassez de medicamentos em Santa Catarina durante a sessão de quarta-feira (8) da Assembleia Legislativa.

“Hoje ouvi na rádio CBN uma entrevista com a presidente estadual da Associação Médica de Pediatria. Santa Catarina está com problema com leito de UTIs, principalmente pediátrico. São muitos casos de crianças prematuras e quase 100% delas precisam de leito de UTI. É inadmissível que o estado depois de conseguir instalar 1,5 mil leitos para UTI Covid desative esses leitos, que voltemos ao número originais de leitos”, criticou Maurício Eskudlark (PL).

O parlamentar destacou o aumento de casos de doenças respiratórias e lamentou que o estado apresente a pior situação entre os integrantes da região Sul.

“Agora anunciaram que vão criar até 68 leitos em um prazo de 90 dias, mas quantas pessoas podem morrer no prazo de instalação desses leitos?”, questionou Eskudlark.

Neodi Saretta (PT), presidente da Comissão de Saúde, concordou com o colega e acrescentou a falta de medicamentos.

“Temos UTIs lotadas, temos uma defasagem histórica e agora a questão urgente da falta de medicamentos, principalmente os antibióticos, antiinflamatórios e analgésicos em farmácias, postos e hospitais. O estado vive um aumento da procura e a falta já causa preocupação”, relatou Saretta.

Segundo o parlamentar, as justificativas para a escassez recaem sobre a China e a Índia, que estariam produzindo menos medicamentos, e na guerra da Ucrânia.

“É preciso que o Ministério da Saúde e a Secretaria da Saúde vejam isso, está causando apreensão”, alertou Saretta.

“Banheiro de gênero”
Jessé Lopes (PL) lamentou a repetição de assuntos, mas voltou a criticar a chamada ideologia de gênero, agora motivado pela inauguração de um “banheiro de gênero” na sede da OAB/SC, na capital.

“Sempre que você dá direitos a grupos de pessoas, está automaticamente criando deveres para outras pessoas, por causa do direito de 1%, os outros 99% terão de aceitar. Prefiro que um gay divida o mesmo banheiro que eu, do que correr o risco de um vagabundo que se sentiu mulher entrar em banheiro com meninas”, afirmou Jessé.

Maurício Eskudlark também criticou a Ordem dos Advogados.

“Um tiro no pé, sou advogado e não concordo com esse posicionamento, temos o problema que hoje o assédio virou uma coisa muito complicada, qualquer gesto pode ser interpretado como assédio”, ponderou o ex-delegado-geral de Polícia.

Osmar Vicentini (União) acompanhou os membros do PL.

“Tantos problemas sérios, daqui a pouco será vergonhoso a gente dizer que tem uma esposa. Talvez os melhores amigos meus sejam gays, mas nós temos que viver para multiplicar. Daqui a pouco a população vira toda dessa forma. Temos um órgão dado por Deus e que tem de ser respeitado por toda a nossa vida, quando não há mais cruzamento, quando não há mais procriação, é o começo do fim”, discursou o representante de Guabiruba.

Fonte: Vitor Santos / Agência AL