O Monitor de Secas do mês de maio aponta melhora da estiagem em função das chuvas acima da média em todo estado. Santa Catarina se destacou pela melhora da situação de seca em todo o território, em especial pela atenuação no Oeste, que passou de grave para fraca, e no leste do estado, que passou à condição de seca fraca para sem seca relativa. O relatório é divulgado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) por meio da Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema).

O secretário executivo do Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira, lembra que apesar da significativa melhora em relação a estiagem é importante manter os cuidados de prevenção e economia de água.

“O Governo de Santa Catarina tem agido para amenizar os impactos da falta de chuva, especialmente no Oeste e Extremo Oeste, que vem ocorrendo, cada vez com mais intensidade, nos últimos anos. Por isto, também, a importância da continuação deste monitoramento visando a gestão integrada de recursos hídricos superficiais e subterrâneos. O Monitor de Secas consegue registrar isso para ações imediatas e, também, em longo prazo”, comenta.

Também em relação a questão hídrica, foi realizada nesta quarta-feira, 22, uma reunião da Sala de Crise Hídrica da região Sul. Organizada pela Agência Nacional das Águas (ANA) contou com a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden); Serviço Geológico do Brasil (CPRM); Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e representantes dos estados de SC, RS e PR.

Na oportunidade, foi ressaltado a consolidação da mudança do cenário hidrológico frente a crise hídrica. Foi apresentada a recuperação dos níveis dos reservatórios de água, ocasionada principalmente pelo alto volume de chuvas e anomalias positivas dos últimos meses – o que satisfaz positivamente as demandas por água visando os múltiplos usos.

Entretanto, de acordo com o Cemaden, as previsões indicam que julho não haverá permanência nessa condição favorável, com menores volumes de precipitação e a possibilidade de anomalias negativas de precipitação no estado de Santa Catarina.  

Metodologia 

De acordo com os critérios do monitoramento, a seca moderada é aquela que tem como impactos possíveis alguns danos às culturas agrícolas ou pastagens, córregos, reservatórios ou poços com níveis baixos, ocorrência de algumas faltas de água ou falta iminente. A seca grave envolve perdas prováveis nas culturas agrícolas ou pastagens, a escassez de água é comum e podem ser impostas restrições ao uso. Na seca extrema há grandes perdas de culturas ou pastagens, escassez generalizada ou restrições na disponibilidade de água. 

O Monitor de Secas é um processo de acompanhamento regular e periódico da situação da seca, cujos resultados consolidados são divulgados por meio do Mapa do Monitor de Secas. Mensalmente, informações sobre a situação são disponibilizadas até o mês anterior, com indicadores que refletem os efeitos em curto prazo (últimos 3, 4 e 6 meses) e em longo prazo (últimos 12, 18 e 24 meses), indicando a evolução da situação na região. 

Em âmbito nacional, o projeto é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Várias entidades colaboram na elaboração e validação dos dados. Em Santa Catarina, o trabalho é desenvolvido pela Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema), integrada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE). 

Fonte: Secom