Tecnologia é a solução contra o mau cheiro. Desde 1994, o Bairro Potecas, em São José, sofre com forte odor de esgoto provocado pela estação de tratamento da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Apesar de a companhia ter instalado em 2014 quatro reatores anaeróbicos para amenizar o problema, moradores ainda se queixam do cheiro.
A Estação de Tratamento de Esgotos de Potecas foi construída na década de 80 e opera com o processo de tratamento por lagoas de estabilização. Quando a nova ETE estiver concluída, o tratamento passará a ser feito com sistema de lodos ativados por aeração prolongada, com mecanismos de controle de odor e remoção complementar de fósforo, o que vai garantir maior qualidade do efluente final tratado.
De acordo com a companhia, o uso da tecnologia aeróbia que será adotada na nova estação, em vez do processo anaeróbio utilizado atualmente, reduzirá sensivelmente o mal-estar da população local.
O tratamento aeróbio é feito com a presença de oxigênio, pelo qual as bactérias degradam a matéria orgânica que será decomposta de acordo com o processo oxidativo. Entre as vantagens desse sistema, estão a redução de odores e a maior absorção de substâncias difíceis de serem degradadas.
O avanço tecnológico é determinado pela norma 12.209 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), de 2011, que trata de elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de tratamento de esgoto. O dispositivo prevê tratamento de odores para unidades que geram mais gases odorantes.
Conclusão das obras em 2024
Com a terraplenagem praticamente concluída e 45% de fundações do primeiro tanque executadas, a próxima etapa do Sistema de Esgotamento Sanitário de Potecas já entrou na fase de execução da laje de fundo e paredes laterais. A meta da Companhia é concluir as obras em 2024. “É ai que a obra vai aparecer mais. Estamos cumprindo à risca o cronograma para avançar nesta Estação de Tratamento de Esgotos que é fundamental para a população de São José”, destacou Pedro Joel Horstmann, Diretor de Operação da Casan.
A nova ETE terá capacidade de vazão média, na primeira etapa, de 600 L/s, cerca de 42% a mais do que a capacidade atual de 423 L/s. Na segunda etapa, serão 800 L/s. A unidade foi dimensionada considerando uma população de 328.494 habitantes para a primeira etapa do projeto e 437.992 habitantes na segunda etapa. O investimento total previsto da Casan é de R$ 270 milhões.
A obra vai permitir a desativação das lagoas de estabilização, medida que vai trazer muito mais qualidade de vida para a população. O planejamento prevê que o local onde hoje existem as lagoas passe por recuperação ambiental, dando lugar a um parque urbano, com áreas de lazer e prática de esportes.
Escrito por:
Assessoria de Comunicação Social CASAN
Fonte: Secom