Endoscopia é um procedimento não cirúrgico praticado na medicina com o objetivo de diagnosticar diversas doenças como gastrite, tumores, sangramentos e até estágios de câncer de estômago. O método é realizado por meio de um tubo flexível que possui uma câmera que captura as imagens do sistema digestivo.
No saneamento básico dá também para fazer algo parecido. Com tecnologia, é possível investigar as entranhas das tubulações de distribuição de água e esgotamento sanitário para diagnosticar a saúde do sistema. Com ações de fiscalização de denúncias de crimes ambientais e com busca ativa por ligações irregulares de esgoto, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) conta com um equipamento capaz de entrar nas tubulações e com câmeras de alta resolução fazer uma “endoscopia” precisa dos locais. É o Snake (cobra em inglês).
Trata-se de uma haste telescópica com uma câmera na ponta, inserida na boca do poço de visita para dentro da rede, que encaminha por uma rede sem fio as imagens da galeria para um tablet. Graças ao equipamento, o técnico consegue analisar com fotos e vídeos a situação das redes coletoras de esgoto submersas onde as equipes não têm acesso, devido aos locais serem encobertos pelo pavimento.
Dessa forma, o Snake facilita a identificação do estado de conservação das redes de esgoto e pode descobrir tubos quebrados ou deslocados e pontos de infiltrações que necessitam de manutenção. Ligações cruzadas das redes públicas de esgoto e drenagem também podem ser constatadas pelo equipamento.
Além do Snake, a Casan conta ainda com duas câmeras fixas para auxiliar na análise. A endoscopia das redes de esgoto possibilita que a companhia realize o conserto e também manutenções preventivas, evitando problemas maiores que podem causar danos ambientais e ainda custos elevados de conserto.
Ligação do esgoto à rede pluvial é crime
Caso o Snake constate ligações irregulares da rede de esgoto na rede pluvial, os donos dos imóveis são instruídos sobre as adequações necessárias e têm um prazo para corrigi-las e, em seguida, acionar os técnicos da Casan para uma nova avaliação.
Contudo, caso os moradores não cumpram as exigências podem ser multados, uma vez que, além de afetar a saúde pública, é considerado crime ambiental despejar inadequadamente rejeitos de residências. A Lei 9605/98 considera crime ambiental todo e qualquer prejuízo causado à fauna, flora e recursos naturais, sob pena de detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.
Texto: Assessoria de Imprensa da Casan