Era uma noite de sábado. Eu estava em casa, vendo as fotos da minha formatura. Eu havia
me formado a dois anos atrás. De repente, ouço a campainha tocar. Quem será a esta hora?
Atendi, e para minha surpresa, era o italiano. Eu o conheci na última viagem que fiz à Itália.
Ano passado, nas férias, visitei Veneza. Andamos de Gôndola, passeamos juntos até altas
horas, e sempre querendo viver algum romance. Trocamos beijos, telefones. Mas no fim,
sabia o quanto seria difícil nos relacionarmos pela distância.


Você por aqui! Estou a trabalho, e como você não atende o telefone, porém, me deixou o
endereço, resolvi vir te procurar. Claro que não pude ouvir as ligações. Meu celular estava
descarregado, só agora havia me lembrado desse detalhe. Entre! Obrigado Geovana. Então,
abraçamos, logo ofereci um café. Não! Eu já tomei banho no hotel. Nunca me esquecerei nos
momentos da divina Itália. Ah, como foi doce a alegria de estar naquele País, naquela
cidade.O que lhe traz aqui em Balneário Camboriú? Amore. Ele me chamava assim. Estou a
trabalho, mas nunca te esqueci.


Lorenzo fez a mesma coisa que eu, não deu espaço para a conversa. É o retorno! Se me
perguntarem se sei algo a seu respeito, o vejo constantemente no Facebook, ao lado de belas
mulheres das quais nem sei quem são. Dias desses, peguei o meu celular e fiz uma ligação.
Meu número estava bloqueado. Mas nas Redes sociais, nada mudou. Pode ser que tenhamos
uma brecha para regressar de onde paramos.

Quem pode dizer isso é ele, pois de minha parte, estou aberta. O telhado de minha vivência havia caído drasticamente
Toquei minha vida como podia. Fazendo da saudade, uma espécie de projeto. Dediquei a
escrever cartas e lê-las nos meios de comunicação, sentindo a sua presença a cada leitura em
cima do criado mudo de madeira que comprei para pôr no quarto.