Foto: Rodolfo Espínola / Agência AL

Membros do União Brasil, MDB e PL defenderam que o Executivo convoque os excedentes do último concurso do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) durante a sessão de quarta-feira (16) da Assembleia Legislativa.

“Temos 131 excedentes do concurso que houve para praças do Corpo de Bombeiros Militar e o atual contingente está bem aquém do necessário para o atendimento da população. Mesmo que fosse realizado outro concurso ainda ficaria aquém e demoraria mais de um ano para acontecer qualquer contratação”, pontuou Jair Miotto (União).

Emerson Stein (MDB) apoiou a reivindicação dos excedentes do concurso, que lotaram a galeria superior do Plenário.

“Fizemos uma moção apelando ao governador para que empreenda esforços relativos à cláusula de barreira do concurso dos bombeiros e recebemos uma resposta: a demanda foi recepcionada pelo Comando dos Bombeiros e a mudança na cláusula de barreira está sendo analisada pelo Grupo Gestor”, informou Stein.

Jessé Lopes (PL), Marcos da Rosa (União) e Massocco (PL) também apoiaram a reivindicação.

“O governador disse que não vê problema nenhum em chamá-los, tomara que dê certo para vocês”, indicou Jessé.

“Queremos fazer coro, podem contar comigo para que chamem vocês também”, afirmou Marcos da Rosa.

“Reivindicação justa, se pudermos ajudar em algo, contem conosco, nos procurem”, pediu o líder do governo.


Tramitação de propostas na Alesc
O deputado Sargento Lima (PL) solicitou observação no cumprimento do Regimento Interno da Casa com relação aos prazos para a tramitação de propostas.

Segundo o parlamentar diversas iniciativas de sua autoria ainda não foram encaminhadas ao Plenário. “Sinto falta de um sujeito muito meu amigo, Bruno Souza, um grande defensor daquilo que estava escrito no Regimento Interno  da Casa. Agora consigo observar que não vem chegando ao plenário para votação algumas das minhas moções. A justificativa vem fundamentada no Regimento, isso para mim é motivo de alegria, porque quando observam o Regimento fico contente”, ponderou Lima.

O deputado falou que uma das iniciativas que não tiveram andamento está relacionada ao limite estabelecido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura para a captura de mariscos no litoral catarinense, que estaria prejudicando quem depende da atividade. “São pautas que eu considero importantes. Nosso pescador artesanal não pode ter outra voz, a não ser a do seu representante aqui”.

SC em Marrocos
Tiago Zilli (MDB) anunciou que no fim de agosto viajará ao Marrocos, na África, juntamente com prefeitos dos municípios que compõem o Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul. Na oportunidade apresentarão um vídeo promocional que concorrerá em competição organizada pela Unesco com outros vídeos produzidos por geoparques espalhados pelo planeta.

Resolução do Conselho Nacional de Saúde
Marcos da Rosa criticou duramente uma resolução do Conselho Nacional de Saúde com sugestões de políticas públicas aos gestores da saúde em Brasília, nos estados e nos municípios.

“A Resolução do Conselho Nacional de Saúde saiu do forno há menos de um mês, um Conselho deve representar a vontade da população no que diz respeito ao financiamento da saúde e serve para orientar o investimento no Plano Plurianual (PPA) e no Plano Nacional de Saúde”, revelou Marcos da Rosa.

De acordo com o deputado, os conselheiros sugerem o desrespeito ao teto de gastos; a defesa da causa LGBTQIA+; o rompimento com o patriarcado; a aceitação da identidade de gênero, da identificação sexual, de pessoas assexuais, pansexuais, não binárias; redução da idade para tratamento hormonal para mudança de sexo de 16 para 14 anos; liberação da maconha e do aborto.

Marcos da Rosa fez um apelo aos brasileiros para que participem das reuniões dos conselhos municipais e estaduais que definem as políticas públicas.

Aumento da gasolina
Jessé Lopes ironizou os eleitores do presidente Lula destacando o aumento de R$ 0,41 na gasolina e R$ 0,78 no diesel e previu alta dos preços dos produtos que dependem do transporte rodoviário.

“A única participação do pobre até agora é pagar a conta deste governo, todo dia uma notícia ruim”, disparou Jessé, que ressaltou a previsão do IPCA em torno de 5%.

Crise do leite
Massocco (PL) voltou a abordar a crise do leite e criticou as medidas mitigadoras adotadas pelo governo federal.

“Criaram impostos para importação de produtos derivados, como óleo de manteiga, iogurte e queijo ralado, mas o que está acabando com a cadeia leiteira é a entrada de leite no Brasil, as empresas estão buscando no Uruguai e na Argentina. O governo federal precisa urgentemente mudar esta política”, apelou o ex-prefeito de Concórdia.

Aumento da bancada federal
Lunelli (MDB) pediu apoio dos colegas para a aprovação de moção de sua autoria solicitando ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que atualize o cálculo que define o número de deputados federais por estado com base nos dados do último Censo do IBGE.

“Peço o apoio de todos à moção e alerto os catarinenses da importância, porque mais voz garantiria mais recursos para Santa Catarina”, lembrou Lunelli, que recebeu o apoio de vários parlamentares.

Descriminalização da maconha
Delegado Egídio (PTB) criticou a descriminalização da maconha e informou que exames comprovaram que o autor de homicídios em creche de Blumenau estava sob domínio das drogas.

“O autor do homicídio que matou crianças na creche tinha cheirado cocaína e a mãe confessou que o filho ficou irreconhecível após se tornar usuário de drogas, por isso não entendo porque o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento da descriminalização da maconha, mas o Brasil não prende usuários, a lei não permite”, avaliou Egídio, que sugeriu a construção de novos presídios para dar conta da prisão dos traficantes.

Sargento Lima, Lunelli e Jair Miotto apoiaram Egídio e questionaram a oportunidade de o STF julgar a descriminalização.

Fernando Krelling (MDB) também concordou com os colegas, mas focou na prevenção e cobrou da Fesporte a retomada do Programa de Administração Esportiva, cuja meta era atender 20 mil crianças no contraturno.

“Infelizmente estamos em agosto e ainda não foi colocado em prática, estou sendo cobrado porque os programas continuaram nas universidades e até agora o governo não colocou em prática. Que a Fesporte coloque em prática, é prevenção e custa mais barato”, defendeu Krelling, que sugeriu uma lei de incentivo aos esportes.

Vitor Santos
AGÊNCIA AL