Trabalho voltado ao escoramento provisório da ponte segue em andamento com três bate-estacas.
As obras da Prefeitura de Florianópolis de construção da nova ponte da Lagoa da Conceição entraram nesta quarta-feira (22) numa nova fase: a de cravação das estacas metálicas da fundação dos pilares de sustentação da travessia. Os trabalhos, conduzidos pela Secretaria de Transportes e Infraestrutura, vão acontecer em paralelo ao estaqueamento em madeira do escoramento provisório da ponte em si, que já estava em andamento, e conta, no momento, com três bate-estacas em operação.
Ao dar partida a essa etapa das obras, o secretário Rafael Hahne, destaca “o empenho da administração municipal em tentar recuperar o cronograma e avançar com os serviços, e entregar pra essa região tão importante um novo marco não só de solução de infraestrutura, mas também uma bela obra de engenharia para fazer par com as belezas naturais da Lagoa.”
Ao todo, a ponte terá nove pilares, sendo que cada um deles terá 12 estacas metálicas, cuja cravação deve ir até abril. O estaqueamento em madeira, por sua vez, está previsto ser concluído em janeiro. No mais, desde que os trabalhos começaram, em abril, foram concluídos os aterros em rocha que vão abrigar as cabeceiras da ponte. Isso, tanto do lado do Centrinho, perto de onde será a rótula do sistema viário de acesso à futura travessia, quanto do lado oposto da lagoa, próximo da Avenida das Rendeiras.
A construção da maior travessia do interior da Ilha de Santa Catarina tem o objetivo ambiental de melhorar a oxigenação entre a Lagoa da Conceição e a Lagoa Pequena, no Campeche. Além de embelezar ainda mais a região com um projeto arquitetônico de tirar o fôlego que engloba a revitalização do entorno da ponte e a melhoria da passagem das embarcações.
Os benefícios de toda essa infraestrutura de ponta vão decorrer do fato de que a altura livre, ou seja, a distância entre a lâmina d’água da Lagoa da Conceição e a ponte a ser edificada, será três vezes maior, se comparado à ponte existente. Isso porque, atualmente, na máxima maré, essa altura é de 1,80 metros, e passará a ser de seis metros. Sendo que a mesma proporção valerá para o vão livre, ou seja, o espaço para a passagem de embarcações sob a ponte, que hoje é de apenas nove metros e será de 30 metros.
De acordo com o projeto executivo, a nova ponte da Lagoa da Conceição ficará à direita da ponte atual – que se encontra desgastada e subdimensionada para o fluxo de veículos da região. Terá estrutura de concreto armado com guarda-corpos e formato curvo, 214 metros de extensão e 17 metros de largura, com duas faixas de rolamento de 3,5 metros de largura. Além de dois passeios (nas laterais de cada faixa) com 2,5 metros de largura e uma ciclovia bidirecional (com duas faixas em sentidos contrários) de 2,80 metros de largura, favorecendo pedestres e ciclistas. Aliás, a geometria da ponte dará condições de conectar a ciclovia das Rendeiras com a ciclovia e a ciclofaixa que vão ligar com o terminal da Lagoa (Tilag), ou seja, permitirá outros modais e dará acessibilidade.
As obras contam com as devidas licenças ambientais provisória (LAP) e de instalação (LAI), concedidas pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), assim como as autorizações da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e da Capitania dos Portos. Elas estão sendo executadas pela empresa Cejen Engenharia Ltda. pelo prazo de dois anos. O investimento é da ordem de R$ 53 milhões.
Revitalização do entorno
A revitalização do entorno da nova ponte também está na fase de estaqueamento, só que de concreto e referente à base do trapiche do novo terminal lacustre (de onde saem embarcações do Centrinho para a Costa da Lagoa, e vice-versa) em construção desde meados de setembro. Antes disso, foi desmontado o deck do atracadouro público próximo do terminal lacustre atual, localizado no Centrinho, à esquerda da cabeceira da ponte existente sentido Rendeiras. Bem como executado o aterro em rocha que vai sustentar o futuro terminal. Apesar das obras, o atual terminal continua funcionando normalmente, uma vez que será desativado somente quando o novo estiver pronto.
Com estrutura arquitetônica moderna, essa nova estrutura está sendo edificada a cerca de 40 metros do atual, também sentido Avenida das Rendeiras. Ele será composto de área para espera das embarcações coberta com bancos de madeira e sanitários com acessibilidade, e bicicletários, além de controle de acesso e zeladoria.
Mais tarde, após a demolição da ponte atual – que ocorrerá somente após a conclusão da nova ponte – os aterros das duas cabeceiras “antigas” ganharão ampla infraestrutura de lazer com áreas de contemplação das belezas naturais, playground, academia de ginástica e praça públicas.
Fonte: Comunicação / PMF