A maior parte dos países democratizados se pronunciaram a favor da Ucrânia após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizar a invasão no país vizinho. Estados Unidos e grande parte da Europa já se manifestaram contra as ações do presidente russo no Leste Europeu. Porém, Putin recebeu apoio de antigos aliados e do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nos últimos dias.
Trump chegou a afirmar que Putin é um verdadeiro “gênio” após o presidente russo reconhecer a independência das regiões de Donetsk e Luhansk. A declaração foi feita em uma entrevista a um programa americano.
Porém, após o início da invasão, Trump classificou a operação militar da Rússia como “uma coisa muito triste para o mundo” e afirmou que a guerra não teria acontecido em seu governo.
Apesar de nenhum país ter declarado apoio militar à Rússia, com envio de armamento e soldados, alguns líderes mundiais já compartilharam que apoiam Putin no conflito no Leste Europeu.
Belarus, que faz divisa com a Rússia e a Ucrânia, demonstrou apoio à Putin após o presidente reconhecer a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano. O Ministério das Relações Exteriores de Belaus afirmou que viu o movimento “com respeito e compreensão”.
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, usou o Twitter para demonstrar apoio aos russos. Maduro afirmou que tem “certeza de que a Rússia sairá dessa batalha unida e vitoriosa” e declarou “todo o apoio ao presidente Putin e seu povo”.
Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, disse que Putin estava certo ao reconhecer duas regiões separatistas do leste da Ucrânia como independentes. Ortega também afirmou que a tentativa da Ucrânia de ingressar na Otan representa uma ameaça à Rússia e que Putin está “apenas se defendendo”.
Pela TV Estatal, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Mekdad, apoiou a decisão de sua aliada Rússia de reconhecer duas regiões separatistas no leste da Ucrânia. Os dois países mantêm relação desde que a Rússia interveio na guerra civil da Síria em favor do presidente Bashar al-Assad, em 2015.
O Irã é outro país que demonstrou apoio à Rússia. O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, disse que a expansão da Otan era uma “séria ameaça” à segurança e estabilidade da região. O país asiático não tem relações diplomáticas com os EUA desde a Revolução Iraniana de 1979.
Apesar de não ter afirmado estar do lado de Putin, o governo de Cuba culpou os Estados Unidos e disse que o governo americano agravou a crise entre Ucrânia e Rússia. O Ministério das Relações Exteriores cubano criticou os EUA pela “a expansão progressiva da Otan em direção às fronteiras da Federação Russa”.