Brasileiro disputa vaga com o italiano Antonio Giovinazzi, e anúncio do escolhido sairá nos próximos dias. Permanência do piloto russo foi impactada pela invasão da Rússia à Ucrânia
Como consequência da invasão da Rússia à Ucrânia e os efeitos sociais e econômicos do conflito, a Haas anunciou que o russo Nikita Mazepin não disputará a temporada 2022 da Fórmula 1 pela equipe. A escolha do substituto deve ficar entre o brasileiro Pietro Fittipaldi, neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi e que já disputou duas corridas pela equipe em 2020; e o italiano Antonio Giovinazzi, então titular da Dragon Racing na Fórmula E e que competiu na F1 entre 2019 e 2021 com a Alfa Romeo.
O novo titular do time vai ser anunciado nos próximos dias e já assume o volante na pré-temporada do Bahrein no próximo fim de semana, de 10 a 12 de março. O campeonato terá início no domingo seguinte, em 20 de março, com o GP do Bahrein.
– Se Nikita não puder correr, por um ou outro motivo, a primeira opção será Pietro. Obviamente, ele está conosco há alguns anos. E então veremos o que faríamos a seguir. Nos últimos anos precisávamos de um piloto reserva com a Covid por perto. Pietro sempre esteve por perto, conhece o time, conhece o carro. Para pular de um dia para o outro, não há ninguém melhor do que Pietro – disse o chefe da Haas, Gunther Steiner, em entrevista ao jornalista Bob Varsha no último mês.
A decisão segue a retirada do principal patrocinador do time, uma marca russa de fertilizantes de propriedade do magnata Dmitry Mazepin, pai de Nikita. A Haas removeu a empresa e as menções à bandeira russa de seu carro na pré-temporada em Barcelona, um dia após a eclosão da guerra na Ucrânia.
Pietro Fittipaldi, de 25 anos, tem passagens pela Stock Car no Brasil e a Fórmula Indy nos Estados Unidos. O brasileiro é atual piloto da Euro Le Mans Series e alia o posto com a função de reserva da Haas na F1. Na temporada 2020, ele assumiu o volante da equipe americana no lugar de Romain Grosjean nos GPs de Sakhir e Abu Dhabi, depois que o franco-suíço sofreu um grave acidente na etapa do Bahrein em novembro do ano em questão. Seu melhor resultado foi um 17º na etapa barenita.
Antonio Giovinazzi disputou três temporada na F1, entre 2019 e 2021, todas pela Alfa Romeo. O italiano deixou a categoria com 62 GPs e um quinto lugar no GP do Brasil de 2019 como seu melhor resultado da carreira. Ele terminou o campeonato passado na 18ª colocação do Mundial de Pilotos, com três pontos e um nono lugar na Arábia Saudita como ponto alto de 2021.
A decisão acompanha a resposta do mundo do automobilismo à invasão russa, bem como entidades e organizações de outros esportes. Na F1, o primeiro ato foi o cancelamento do GP da Rússia, que seria realizado em 25 de setembro.
Pilotos da F1 apoiam cancelamento do GP da Rússia após ataque à Ucrânia
Apesar da contestação dos organizadores da etapa, a remoção da prova foi chancelada pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA) e confirmada nesta quinta-feira pela própria categoria, com a rescisão do contrato que garantiria não só a prova de 2022 no Circuito Olímpico de Sochi, mas sua mudança para São Petesburgo em 2023 e diante.
Depois da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) impor sanções aos pilotos da Rússia e Belarus em resposta à invasão na Ucrânia, a Federação Britânica de Automobilismo (Motorsport UK) reforçou as penalidades aos países, anulando o reconhecimento de suas licenças automobilísticas no Reino Unido.
Fonte: GE Fórmula 1