Foto: Divulgação / SEMAE

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (Semae) deu um passo estratégico para a estruturação do Estado no mercado de carbono jurisdicional. Nos dias 18 e 19 de fevereiro, foi realizado o Workshop Mapeamento e Potencial Econômico dos Ativos Ambientais de Santa Catarina, reunindo instituições especializadas para debater o tema.

A iniciativa, promovida em parceria com o Centro Brasileiro de Assistência aos Estados e Municípios (CEBRAM), está inserida no Acordo de Cooperação Técnica (ACT) nº 01/2024, firmado entre as entidades. O objetivo é promover estudos de viabilidade para um sistema estadual de incentivo aos serviços ambientais e do mercado de ativos ambientais e créditos de carbono.

Workshop reúne especialistas e instituições estratégicas

No primeiro dia do evento, realizado no Auditório da Semae, em Florianópolis, diversas instituições apresentaram projetos ambientais desenvolvidos no Estado que podem contribuir para a estruturação do mercado de carbono. Entre elas, Casan, Polícia Militar Ambiental, FURB e IMA, além das equipes técnicas da SEMAE.

Destaques do primeiro dia:

  • Programa Produtor de Água – Projeto de incentivo à conservação hídrica da CASAN;
  • Projeto Mata Ciliar – Ações de reflorestamento e recuperação ambiental;
  • Monitoramento e Previsão de Segurança Hídrica e Riscos Climáticos – Estratégias para mitigação de impactos ambientais;
  • Operação Mata Atlântica – Atuação da Polícia Militar Ambiental no controle do desmatamento;
  • Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC) – Levantamento da FURB sobre a biodiversidade do Estado;
  • Sistema Integrado de Monitoramento e Alertas de Desmatamento (SIMAD) – Ferramenta do IMA para controle ambiental.
  • Unidades de Conservação e do Potencial de Bioeconomia no Estado, apresentadas pela Gerência de Bionegócios do IMA.

As gerências da Semae apresentaram seus projetos alinhados à economia verde, mudanças climáticas e integração ambiental, consolidando as estratégias do Estado para o avanço sustentável.

No segundo dia, as discussões foram técnicas e restritas às equipes da SEMAE e do CEBRAM, com foco na análise de dados ambientais, identificação de áreas aptas ao mercado de carbono e avaliação dos desafios técnicos e jurídicos do processo, para uma possível inserção ou não, de Santa Catarina neste Mercado.

Próximos passos para o Mercado de Carbono em Santa Catarina

A partir dos debates e estudos iniciais, os próximos passos incluem:
– Ampliação do levantamento de dados ambientais;
– Análise do arcabouço legal vigente;
– Modelagem técnico-operacional do mercado de carbono no Estado.

“A Semae está comprometida em garantir que Santa Catarina explore suas potencialidades ambientais de forma sustentável e estratégica, preparando o Estado para a inserção no mercado de carbono jurisdicional. Essa iniciativa representa um grande avanço na valorização dos nossos ativos ambientais e no fortalecimento da economia verde”, destacou o secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, Guilherme Dallacosta.

Com essa iniciativa, Santa Catarina reforça seu compromisso com a sustentabilidade e inovação na gestão ambiental, mirando um futuro onde desenvolvimento e preservação caminham juntos.

Créditos: ASCOM | SEMAE