A prisão da jogadora de basquete norte-americana Brittney Griner na Rússia pela posse de cartuchos de cigarro eletrônico contendo óleo de cannabis foi prorrogada até 19 de maio, informou a agência de notícias russa Tass.
A Tass disse que o tribunal de Khimkinsky, na região de Moscou, decidiu manter Griner presa por pelo menos mais dois meses.
“O tribunal aceitou a petição da investigação e prorrogou o prazo de detenção da cidadã norte-americana Griner até 19 de maio”, disse o tribunal, segundo a Tass.
A liga norte-americana WNBA e sua associação de jogadoras não responderam de imediato a um pedido de comentário.
Ekaterina Kalugina, da Comissão de Monitoramento Público, um órgão semioficial com acesso às prisões russas, disse à Tass que Griner estava dividindo cela com duas outras mulheres sem condenações anteriores, acrescentando que o único problema dela era que as camas da prisão eram muito pequenas para sua altura.
Sem identificar Griner, jogadora do Phoenix Mercury que já foi eleita sete vezes para o All-Star Game da WNBA, o Serviço de Imigração russo disse no início deste mês que uma jogadora foi detida em fevereiro após chegar ao aeroporto Sheremetyevo, em Moscou, em um voo de Nova York.
A Tass identificou a jogadora como Griner, citando uma fonte. O Phoenix Mercury, sem elaborar, disse: “Estamos cientes da situação com Brittney Griner na Rússia e estamos acompanhando de perto”.
Uma revista da bagagem da atleta revelou a presença de cartuchos contendo “líquido com óleo de cannabis”, e foi aberta uma ação criminal com uma possível pena de 5 a 10 anos de prisão, de acordo com a imigração russa.
Não ficou claro exatamente quando Griner foi detida. Ela viajou para a Rússia porque joga por um time do país durante as férias da WNBA.
Sua detenção foi anunciada após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que o governo dos EUA designou uma equipe da embaixada para trabalhar no caso de Griner.
A jogadora ganhou medalhas de ouro olímpicas com a seleção dos EUA nos Jogos Rio 2016 e Tóquio 2020.
( Reportagem adicional de Amy Tennery, em Nova York)
Por Aadi Nair* – Bengaluru (Índia)