Funcionários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começam nesta quarta-feira (23) uma paralisação, em decorrência de greve mobilizada pela federação nacional dos servidores (Fenasps).
Ainda não está claro se todas as unidades vão aderir ao movimento, mas, em São Paulo, por exemplo, o SINSSP (Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo) orienta aos servidores um “apagão” no INSS nos dias 23, 24 e 25.
Entre as solicitações da categoria estão “metas abusivas, recomposição salarial de 19,99%” e o “desmonte e sucateamento do INSS, por concurso público”.
Faz pelo menos quatro anos que o setor não anuncia um concurso público para contratação de novos profissionais, segundo Theodoro Vicente Agostinho, doutor em direito previdenciário pela PUC. “De fato, existe um déficit de servidores. Aqueles que estão na ativa ficam sobrecarregados. Existem muitos processos em atraso e tudo isso reflete na falta de força humana”, diz.
O especialista também liga o movimento ao recente anúncio de reajuste a policiais, num momento em que os salários estão congelados devido ao cenário fiscal agravado pela pandemia e as pessoas perdem poder de compra devido à inflação em alta.
Por: Ligia Tuon, do CNN Brasil Business