Carlos Moisés destacou que o Governo do Estado está presente com as estruturas desde o início das ocorrências para prestar o melhor atendimento à população. Informou que já foram disponibilizados cerca de R$ 6 milhões para intervenções, limpezas e desbloqueio de 87 barreiras na SC-108, entre o município e Rancho Queimado.
“Temos aqui ainda várias localidades ilhadas, com muitas famílias que precisam de apoio urgente. Nós vamos fazer uma grande cooperação. Vamos pedir auxílio para o Exército Brasileiro, por meio do Batalhão Rodoviário, para que possamos disponibilizar pontes metálicas, além de kits de transposição da Defesa Cilvil”, disse Carlos Moisés.
O governador enfatizou que nesta segunda-feira, 9, terá reunião com a equipe de governo para conversar sobre os orçamentos e receber o levantamento dos danos causados pelas chuvas nos municípios de forma mais precisa. “Precisamos que as intervenções sejam feitas não apenas para dar uma resposta superficial para a comunidade, mas que sejam intervenções permanentes”, destacou.
A prefeita Solange Back pontuou que todos os levantamentos dos prejuízos estão sendo apurados. Conforme ela, além da proteção às famílias, outra questão que preocupa é a agropecuária, pois é preciso escoar a produção, que é responsável por 80% da economia do município.
“Algumas estradas gerais já foram liberadas, mas os acessos às casas e às propriedades ainda estão complicados. Foi muita chuva. O relevo da nossa cidade é composto por muito morro. A vinda do governador Carlos Moisés é um alento. Somos um município pequeno, mas os estragos foram grandes”, relatou Solange Back.
Conforme a Defesa Civil de Anitápolis, na terça, na quarta e na quinta-feira da última semana, choveu no município 411 milímetros. A média histórica, dos últimos 30 anos, é 126mm para o mês de maio. A cidade inteira permaneceu por mais de 24 horas sem energia elétrica, água, telefone e internet. O risco mais preocupante foram os deslizamentos, muitas casas foram completamente atingidas. Houve quedas de barreiras, cerca de 15 pontes foram danificadas ou destruídas, tornando inacessível o acesso a praticamente 23 comunidades do município de 3,2 mil habitantes.
Ao todo, 223 pessoas ficaram desalojadas, ou seja, foram abrigadas em casas de familiares amigos ou vizinhos. Muitos já estão já estão voltando para suas residências. O número de desabrigados, que não conseguem retornar para suas casas, é de 28. Elas permanecem em um abrigo no salão da Igreja Luterana e na capela da Vila Antonio David.