Foto: Wander Roberto / Inovafoto / CBV

Cerca de 44 mil quilômetros percorridos – mais do que uma volta inteira em torno do planeta. Nada menos que 55 horas de voos, passando por seis países e três continentes. A jornada da seleção brasileira masculina em busca da taça da Liga das Nações é desafiadora e exige uma logística complexa. Depois da primeira etapa, realizada em Brasília, os atuais campeões embarcam para a sequência internacional da competição. O passo inicial é a viagem para Sofia, na Bulgária , neste sábado, dia 18. O objetivo é chegar a Bologna, na Itália, sede da fase final, que reunirá os oito melhores times de 20 a 24 de julho.

Depois da Bulgária, onde enfrenta Polônia, Sérvia, Irã e os donos da casa, o time do técnico Renan dal Zotto segue para Osaka, no Japão, para a terceira fase da competição. Se confirmar seu lugar entre os oito melhores da fase classificatória, a equipe verde e amarela fará um período de uma semana de treinamentos em Portugal antes de desembarcar em Bolonha, na Itália, para a fase final do campeonato. Para que tudo corra bem e nossos craques estejam prontos para os desafios que os esperam, o planejamento da viagem começou bem antes do primeiro saque da Liga das Nações, em fevereiro.

“O processo de logística para a Liga das Nações começa assim que as etapas são confirmadas, o que ocorreu há quatro meses. Esta temporada tem três etapas classificatórias e uma final. A Federação Internacional de Voleibol determinou quais etapas cada equipe disputaria por meio de um algorítimo, o que garante um mínimo de equidade entre viagens e quilômetros rodados pelas seleções. Nosso planejamento é feito priorizando voos com a menor duração possível, para garantir mais conforto e menos desgaste para os atletas. Isso pode trazer benefícios em quadra”, explica Júlia Silva, gerente de seleções da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).  

São dezenas de reuniões para a definição de rotas, hospedagem e calendário de treinamentos .“O planejamento prévio é muito importante, pois influencia na disponibilidade de treinamentos e na preparação para os jogos. Estudamos os trechos que precisamos percorrer e explorarmos as opções”, explica Fernando Maroni, supervisor da seleção masculina desde 2017. “Essa análise leva em consideração aspectos como custo, tempo de voo, horário dos voos, tempo de conexão. Temos um orçamento a seguir, portanto o planejamento é muito detalhado. Com esses dados, a Júlia, eu e o técnico Renan definimos a rota a traçar. Este ano, a definição da sede da fase final da Liga das Nações demorou um pouco mais. Quando foi definida, tomamos a decisão de, em caso de classificação, não retornar ao Brasil depois da terceira etapa, que será no Japão, em razão do curto prazo e da dificuldade com a diferença de fuso-horário. Ficaremos direto na Europa, para uma adaptação mais rápida”, completou. 

Além do planejamento da viagem, existem trâmites como obtenção de vistos, seguros de viagem, emissão de passagem, reserva de hotéis e transporte para uma delegação que chega a 24 integrantes, entre atletas e comissão técnica. Só de bagagem são aproximadamente 700 quilos. 

“O Renan passa as necessidades de treinamento, de sessões com bola ou academia, e alinhamos com os comitês organizadores de cada evento. Sempre negociamos algo a mais aqui, mudamos outra coisa ali. É um processo contínuo. Começamos com um plano mais aberto e vamos ajustando até chegar o momento da competição. Tentamos ofertar o deslocamento no menor tempo possível e com o menor desgaste. Nosso trabalho é dar as melhores condições pare eles competirem. Tirar todo o estresse extra quadra”, completa Maroni. 

A estreia do Brasil na etapa de Sofia será no dia 22, às 11h (de Brasília), contra a Polônia. O técnico Renan Dal Zotto contará com os levantadores os levantadores Bruninho e Fernando Cachopa; os opostos Darlan e Alan; os centrais Isac, Lucão, Flávio e Leandro Aracaju; os ponteiros Lucarelli, Rodriguinho, Leal e Adriano; e os líberos Thales e Maique.

Fonte: CBV