Radicais foram expulsos antes que depredassem o Plenário Ulysses Guimarães.

O levantamento final dos danos causados pelos invasores do prédio principal da Câmara dos Deputados está avançado, mas só será concluído quando a perícia policial e a limpeza forem finalizadas. Nesta segunda-feira (9), priorizou-se o trabalho para garantir a realização das sessões plenárias. O Plenário Ulysses Guimarães já está limpo e preparado para receber os parlamentares.

O maior dano verificado até agora no espaço físico foi a quebra das vidraças frontais e laterais, muitas delas localizadas nos salões Verde e Negro. Há também trechos de carpete no Salão Verde furados, queimados ou danificados pela água. A Casa já está providenciando a manutenção do carpete.

Os estragos não foram maiores devido à ação da Polícia Legislativa, que contava com efetivo de mais de 100 policiais, além da rápida atuação dos brigadistas no controle de focos de incêndio.

Obras de arte
A avaliação preliminar das obras de arte constantes do acervo da Casa detectou os seguintes itens danificados ou destruídos:

  • Dos 46 presentes protocolares expostos no Salão Verde, seis estão desaparecidos ou irrecuperáveis. Muitos foram encontrados com danos pontuais que poderão ser restaurados.
  • Muro Escultórico, de Athos Bulcão, 1976 – perfurado na base
  • Bailarina, de Victor Brecheret – descolada da base
  • Escultura Maria, Maria, de Sônia Ebling, 1980 – marcada com paulada

A Câmara informa ainda que não foram danificadas:

  • Escultura de Alfredo Ceschiatti, em bronze fundido, de 1977, conhecida como Anjo – Salão Verde
  • Painel Candangos, de Emiliano Di Cavalcanti, de 1960 – Salão Verde
  • Painel Araguaia, de Marianne Peretti, 1977 – Salão Verde
  • Painel Alumbramento, de Marianne Peretti, 1978 – Salão Branco/Chapelaria​.

Fonte: Agência Câmara de Notícias