Suspenso por conta da pandemia nas últimas edições, arraia movimenta Centro de Atenção à Terceira Idade em programação iniciada nesta quarta-feira.

Animação, música, comidas, trajes e danças típicas deram o tom à tradicional festa julina do Centro de Atenção à Terceira Idade (CATI) de São José, que reuniu cerca de 700 na tarde desta quinta-feira (28).

Depois de um jejum de dois anos por conta da pandemia, o arraia retornou com termômetros da alegria em alta. Promovida pela Prefeitura de São José (PMSJ) por meio da Secretaria de Assistência Social (SAS), a festa mobiliza todas as turmas de idosos.

Sempre unidos, o casal Maria Sirlei Amario (77) e Danilo Batista Reis (73) participa desde 2002 do grupo de idosos e estava animado com o retorno da festa. “Fazermos novas amizades. Inclusive íamos nos mudar e falei para o Danilo que queria vir para perto do CATI e cá estamos, moramos na rua detrás”, esclarece Maria com detalhes o carinho que nutre pelo trabalho.

O arraia vinha sendo muito esperado pelos idosos. Segundo a diretora do CATI, Nahdja Anderson, desde o primeiro dia da retomada das atividades presenciais (28/03) os idosos já estavam perguntando do retorno das festas. “Eles aguardavam muito, principalmente, essa festa. E é compreensível, pois vivem intensamente cada minuto dela. Para esse retorno, prezamos pela segurança e optamos em dividi-la em quatro partes, durante os dois dias da semana. Assim, evitamos aglomero em excesso”, observa a diretora.

O arraia conta com café especial, com guloseimas tradicionais como paçoca, cachorro quente, bolo, pinhão, canjica, além da realização de um baile como direito a quadrilha para promover momentos de integração, alegria e lazer entre os grupos.

“O nosso compromisso é sempre atender os idosos da nossa cidade com todo o respeito e a atenção. Foram dois anos muito difíceis e depois de tudo que passamos é muito bom encontrá-los felizes nas atividades que ofertamos aqui.”, afirma o prefeito Orvino Coelho de Ávila.

A secretária de Assistência Social, Rita Faversani de Cássia Furlaneto, ressalta os desafios enfrentados durante a pandemia e a importância do espaço de acolhimento e cuidado físico e mental para os idosos atendidos. “A confraternização é um momento muito importante para a socialização dos idosos. Traz alegria, diversão, envolvimento e tudo isso reflete positivamente na qualidade de vida dos participantes.”, afirma a secretária.

SAÚDE MENTAL

Pela primeira vez na tradicional festa, Dolores Maria Trevisan (64) estava satisfeita em celebrar com os colegas. “Estou muito feliz e grata por toda organização e carinho da equipe conosco. É uma oportunidade maravilhosa para todos nós estarmos aqui e faz bem, inclusive, para a nossa saúde mental. Segunda tive uma crise, não pude vir para as oficinas e chorei muito. Fico até emocionada em falar sobre isso. É realmente gratificante.”, afirma Dolores.

Há oito anos participando das atividades promovidas pelo Centro de Atenção, dona Arlita Cardoso da Silva (76), revelou que o segredo de viver bem é estar sempre na ativa. “Gosto muito de participar das atividades. Eu me divirto nas festas e nos encontros promovidos pelo grupo, sem contar que aqui eu fiz muitas amizades e isso nos faz esquecer os problemas lá fora. É importante participar e nunca deixar a peteca cair.”, afirma Arlita.

Fonte: ASCOM / PMSJ