A Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ) acaba de criar uma nova ferramenta tecnológica para auxiliar o Poder Judiciário catarinense nas atividades de arquivamento. Batizado de “Robô Arquivador”, o algoritmo entrou em atividade esta semana e funcionará dentro das diretrizes definidas na cartilha da CAMP (Central de Auxílio à Movimentação Processual). Em resumo, atuará em lista de localizadores de sistema pré-definidos, operando a remessa de acordo com as definições de cada localizador. O recurso foi originariamente criado por sugestão da servidora Maria Inês da Silva Martins, lotada na Unidade Regional de Execuções Fiscais Estaduais e Municipais, em razão do grande volume de processos a arquivar. Em fase piloto, apoiou algumas unidades, que mandaram depoimentos sobre os benefícios do uso desse recurso.

“O robô de arquivamento tem facilitado muito o cotidiano, pois ao invés de realizarmos ação individual e manual (pelo menos 5 cliques) em cada processo, apenas inserimos o localizador correspondente para a baixa, respeitando as perguntas obrigatórias do sistema. Em simples conta, em 100 processos baixados em uma semana há economia de pelo menos 500 cliques”, destaca o servidor Fábio Brusamarello, da 2ª Vara Cível da Comarca de São Francisco do Sul.

O projeto piloto do robô de arquivamento foi inicialmente implementado na Unidade Regional de Execuções Fiscais Municipais e Estaduais da comarca da Capital, na qual tramitam mais de 500 mil processos oriundos de 55 municípios do Estado. No setor, o robô de arquivamento possibilitou a baixa de processos em bloco a partir de um localizador com processos já triados e prontos para baixa definitiva. Os servidores da unidade e a chefe da divisão destacam a importância da ferramenta digital para maior celeridade no arquivamento e o impacto positivo gerado em relação à saúde dos servidores, tendo em vista que o simples procedimento da baixa exige muitos cliques manuais do servidor. “Hoje, a tecnologia dos robôs em desenvolvimento contribui de maneira significativa e expressiva na automação dos procedimentos, especialmente no que diz respeito a tarefas repetitivas, que exigiam tempo do servidor em uma unidade com um acervo tão grande como a Unidade Regional”, assinala Ângela Raquel Kolb Schiefler, chefe da Divisão de Tramitação Remota, da Unidade Regional de Execuções Fiscais Estaduais e Municipais.

Para o servidor Edevaldo Moser Manerichi, chefe de cartório da 1ª Vara da Fazenda Pública da comarca de Blumenau, o ganho na velocidade de baixa é incrível. “O robô passa diversas vezes por dia nos localizadores, de modo que não se sente qualquer atraso pelo fato de não arquivar na hora. Esse tempo perdido nos cliques para baixa individual foi transferido para outras atividades com maior necessidade de acompanhamento em tempo real. Sem contar, ainda, a diminuição de movimentos repetitivos, por conta da menor quantidade de cliques no mouse”, pontua.

A corregedora-geral da Justiça, desembargadora Denise Volpato, reforçou que todos esses serviços que a Corregedoria-Geral tem buscado sustentar por meio da CAMP são baseados nos anseios trazidos pelo primeiro grau. “Com o uso dessa ferramenta, será possível promover a baixa dos processos com qualidade e eficiência, melhorando os indicadores estatísticos e contribuindo para a gestão da unidade, na busca permanente por uma Justiça cada vez mais célere e efetiva”, sublinha.

Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI