A Prefeitura de Florianópolis já ativou a operação de limpeza e coleta de resíduos que vai atender 114 eventos e blocos de Carnaval entre o Berbigão do Boca, nesta sexta (21), e o Quero parar, mas não consigo, na sexta, 8 de março. Mais de 350 garis serão mobilizados para a operação no Centro, bairros e balneários onde ocorrem festas públicas de Carnaval.
“A operação pós-Berbigão foi ótima, antes das 4h deixamos as ruas do Centro limpas e lavadas. Vai ser assim em todas as noites de Carnaval”, avalia o secretário municipal de Infraestrutura e Manutenção da Cidade, Rafael Hahne. A Limpeza Pública também conseguiu manter limpos o Centro e a Beira-Mar Continental, onde passaram os blocos e bandas neste final de semana de pré-Carnaval.
O maior desafio, aponta o secretário, é o sábado de Carnaval que concentra os blocos de sujos e o desfile das escolas na Nego Quirido. Nesse dia, as equipes de limpeza dependem ainda mais da colaboração do folião, colocando os resíduos dentro dos tambores de latão ou, quando estiverem cheios, ao lado desses equipamentos de coleta.
Agenda da limpeza
A partir da semana que vem, os turnos de trabalho no Centro se estendem para praticamente 24 horas ao dia para que os locais estejam limpos antes e depois das festas. A maior concentração de trabalho será no sábado (1º de março), quando 180 garis de limpeza e 40 de coleta se juntam para atender o desfile das escolas de samba na Nego Quirido e os blocos de sujos nas ruas centrais.
Com serviço integrado das subsecretarias de Gestão dos Resíduos (Meio Ambiente) e de Limpeza Pública (Infraestrutura), serão instalados 800 tambores de latão e caixas estacionárias para rejeitos (resíduos misturados) e reforçados os pontos de entrega voluntária (PEVs) para o vidro.
Só no Centro, no sábado de Carnaval, serão instalados 650 tambores. “Queremos aproveitar a experiência do Réveillon deste ano: com maior número de latões, conseguimos evitar lixo no chão e vazar os resíduos diretamente no caminhão compactador”, aponta o subsecretário de Limpeza Pública, Alcebíades “Bida” Pinheiro. Ao final da festa, depois da varrição, os resíduos são colocados em bags de ráfia e dispostos no caminhão compactador ou ensacados e levados até as caixas estacionárias em pontos estratégicos.
Também serão dispostas caixas estacionárias na dispersão do desfile e na saída dos camarotes da Nego Quirido para que os componentes de escolas de samba descartem ali as fantasias que não puderem reusar.
As pessoas podem colaborar retornando para casa com as embalagens vazias dentro de sacolas térmicas ou coolers. “Sabemos que no Carnaval é mais difícil de retornar com as embalagens vazias para casa, então as pessoas podem ajudar levando os resíduos até os latões ou aos PEVs de Vidro. Importante é não largar no chão”, recomenda Bida.
Depois da varrição, as ruas centrais serão lavadas e, com equipamentos atomizadores, será borrifada essência de eucalipto para reduzir maus odores.
Reciclagem de latas
No Carnaval, não só em Florianópolis, mas em todo Brasil, a geração de resíduos só não é maior, pela eficiência da logística reversa do alumínio. Pelo valor de mercado, em torno de R$ 8 ao quilo, as pessoas catam as latinhas durante as festas e as encaminham de volta à indústria.
“O alumínio é o material mais rico que há entre os resíduos, fazemos todo esforço para encaminhá-lo às associações de triagem para gerar renda às famílias”, comenta o subsecretário de Gestão de Resíduos, Ulisses Bianchini.
Na operação carnaval, aponta ele, as equipes de coleta trabalham no Centro junto com a limpeza pública, para agilizar o tempo entre a varrição e a destinação final dos resíduos.
Créditos: Comunicação | PMF