Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira, impulsionados pelo conflito na Ucrânia e pelas sanções ocidentais, que colocam as exportações russas sob pressão.
O preço do barril do Brent para entrega em abril fechou em forte alta, de 3,12%, a 100,99 dólares. Em Nova York, o barril do WTI para abril subiu 4,50%, fechando a 95,72 dólares.
“Mesmo que as sanções ainda não tenham um impacto direto nas compras de petróleo ou gás, há compradores que hesitam em adquirir petróleo russo”, disse Andy Lipow, da Lipow Oil Associates. “Alguns bancos recusam crédito para essas compras, e algumas empresas marítimas não querem transportar petróleo russo”, por medo de sanções, acrescentou.
Shell, Equinor e BP
Três gigantes de petróleo – Shell, Equinor e BP – comunicaram que estão deixando de atuar na Rússia devido à invasão da Ucrânia.
A Shell investiu no polêmico gasoduto Nord Stream 2, do qual espera se afastar. “Nossa decisão de sair foi tomada com convicção”, ressaltou o diretor geral da Shell, Ben van Beurden, em comunicado à Bolsa de Londres.
“Estamos comovidos com a perda de vidas humanas na Ucrânia, fruto de um ato de agressão militar insensato, que ameaça a segurança europeia”, declarou o executivo.
A estatal norueguesa Equinor, que está na Rússia há mais de 30 anos, também anunciou a suspensão de novos investimentos no país, além de iniciar o processo de saída das joint-ventures que mantém com companhias de energia russas.
O movimento foi iniciado nesse domingo (27/2) com a britânica BP, gigante do setor que tem a maior atuação na Rússia.
Foto: Ed Alves/CB