Com o período de férias escolares, cresce a preocupação com os afogamentos, um dos principais acidentes fatais envolvendo crianças. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) aproveita o Dia Mundial da Prevenção em Afogamento, lembrado neste 25 de julho, para alertar sobre os riscos desses incidentes mesmo durante o inverno.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), quatro crianças perdem suas vidas diariamente por afogamento no Brasil, sendo que pelo menos um desses incidentes ocorre dentro de casa. Esse tipo de acidente é a principal causa de morte entre crianças de 1 a 4 anos e continua entre as três principais causas de morte para crianças de 5 a 9 anos e de 10 a 24 anos, demonstrando a importância de conscientização e prevenção.
Apesar de ser mais comum nos meses de alta temporada, os casos continuam ocorrendo ao longo do ano, exigindo vigilância constante, especialmente em ambientes domésticos. “A supervisão constante é fundamental para evitar tragédias. Durante as férias, quando as crianças passam mais tempo em casa e próximas a áreas aquáticas como piscinas, é crucial manter medidas de segurança”, explica major Guilherme, presidente da Coordenadoria de Atividades Aquáticas do CBMSC.
Incidentes com afogamento em números
Em 2024, foram registrados 88 afogamentos em diferentes situações em Santa Catarina. Destes, oito ocorreram em piscinas, sendo que em quatro casos as vítimas eram crianças menores de 2 anos.
Segundo os dados da Sobrasa, as piscinas e residências são responsáveis por 4% de todos os casos de óbito por afogamento no Brasil. Do total desses casos, em 65% das vezes, as vítimas são crianças menores de 9 anos.
A atuação do CBMSC
Anualmente, a corporação emprega milhares de guarda-vidas e diversos equipamentos para prevenir os afogamentos em Santa Catarina. Na última temporada, a estação verão contabilizou 2.562 postos de guarda-vidas ativos, são cerca de 360 profissionais atuando diariamente. 3.752 resgates, e 13.460.000 prevenções realizadas pelo CBMSC. Além disso, os programas comunitários como Projeto Golfinho buscam trabalhar a prevenção e a conscientização para este problema, ainda nas crianças.
O Projeto Golfinho ocorre nas praias do Litoral na temporada de verão, mas também no interior do estado, em clubes, por exemplo, de modo a buscar sempre reduzir os afogamentos em situações e locais onde não há a presença de guarda-vidas da corporação. Em 25 anos de existência, o Projeto já formou mais de 100 mil crianças em Santa Catarina.
:: Dicas
- Supervisão constante: Crianças devem estar sempre acompanhadas por um adulto responsável ao redor de piscinas e outras áreas aquáticas. Mesmo na presença de guarda-vidas, a atenção não pode ser negligenciada.
- Barreiras físicas: É recomendado que piscinas tenham barreiras físicas, como cercas com portões trancados, para evitar acesso não supervisionado.
- Precauções adicionais: Em locais como clubes, hotéis e pousadas, certifique-se de que há presença de guarda-vidas. Tenha um telefone carregado e com sinal disponível para emergências.
- Ambiente doméstico seguro: Mantenha portas de áreas de serviço e banheiros sempre fechadas, e recipientes como baldes e bacias virados para baixo para evitar acidentes, já que mesmo com pouca água, dependendo do tamanho da criança, isso apresenta riscos.
Créditos: CBMSC | Imprensa