“Eleições no Fundo do Mar” têm candidatos, propostas e até urna eletrônica em escolas municipais de município catarinense
Cauê Marinho e Otávio Crustáceo, do Partido das Marés, terão uma missão complicada em 2022: derrotar nas urnas as chapas de oposição, compostas por Gabi Dolphin e Augusto Vivar (Partido das Ondas) e Tom Tortuga e Tati Tainha (Partido das Correntes), nas Eleições no Fundo do Mar. Cada uma das chapas precisa desenvolver propostas e montar uma plataforma de governo para disputar os votos dos eleitores. A diferença é que a eleição é realizada em escolas públicas de Ensino Fundamental de Governador Celso Ramos, em Santa Catarina, uma forma de ensinar cidadania às crianças.
A disputa é parte do projeto “Eleições no Fundo do Mar”, do Sistema de Ensino Aprende Brasil. O objetivo é falar sobre educação política nas escolas e preparar as crianças para um futuro como cidadãos conscientes e autônomos. Segundo a gerente de marketing e produto do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Damila Bonato, “em casa e nas ruas, os estudantes escutam adultos falarem sobre voto e as eleições, mas ainda não têm ideia da importância do processo democrático para a cidadania. Essa é uma excelente oportunidade de trabalhar o assunto com eles, ao mesmo tempo em que se divertem e desenvolvem habilidades como argumentação, criatividade, trabalho em equipe e resolução de problemas”.
A ideia da ação é falar sobre cidadania, democracia e, como o tema é o fundo do mar, também consciência ambiental. “Pensamos em todo o projeto para que as crianças se envolvam em todas as etapas do processo eleitoral, do período da campanha, passando pela fase de debate das propostas entre os candidatos até a apuração dos votos na urna”, detalha Damila.
Dia de votação
Assim como acontece em uma eleição no mundo real, os candidatos têm partidos, vice-presidentes, números para votação e propostas eleitorais. Com o título de eleitor fictício em mãos, cada estudante vota em uma urna eletrônica que segue o padrão daquelas utilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Por meio de um aplicativo, a urna tem programados os candidatos ao governo do Fundo do Mar. Os estudantes que representam esses candidatos precisam elaborar suas propostas de governo e fazer campanha entre os colegas da escola. Enquanto isso, os demais alunos se dividem entre mesários, voluntários e eleitores, cada um com um título de eleitor fictício. Fornecida pelo Sistema de Ensino Aprende Brasil, a “urna” fica em uma cabine eleitoral.
Assim que o estudante aperta o botão “confirma”, o aparelho emite o mesmo som característico da urna eletrônica verdadeira. Na saída, todos recebem um comprovante de votação. A iniciativa, que está sendo levada para escolas de outros 300 municípios até outubro, é um projeto do Sistema de Ensino Aprende Brasil, que atende à rede pública municipal de ensino de municípios de todas as regiões do país.
Sobre o Aprende Brasil
O Sistema de Ensino Aprende Brasil oferece às redes municipais de Educação uma série de recursos, entre eles: avaliações, sistema de monitoramento, ambiente virtual de aprendizagem, consultoria pedagógica e formação continuada aos professores, além de material didático integrado e diferenciado, que contribuem para potencializar o aprendizado dos alunos da Educação Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental. Saiba mais em http://sistemaaprendebrasil.com.br/.
Texto: Edinéia Rauta