Foto: Bruno Collaço / Agência AL

Integrante do PT criticou o pacote educacional anunciado pelo Executivo, enquanto membro do PSD cobrou explicações da Casan sobre o rompimento de caixa d’água em Florianópolis durante a sessão de terça-feira (12) da Assembleia Legislativa.

“Analisamos o pacote de R$ 1,9 bi para educação e, pasmem, de R$ 1,9 bi resumimos de investimentos novos apenas R$ 255 mi; anunciaram 10 mil vagas de concurso, ótimo, mas queremos saber para que cargos, quantos (serão chamados) por ano e a remuneração”, ponderou Luciane Carminatti (PT).

A deputada lembrou das promessas de campanha sobre o plano de carreira do Magistério e ironizou o anúncio de um plano odontológico para os profissionais da educação.

“Falta especialidades, no SC-Saúde os médicos estão se descredenciando, os servidores estão adoecendo e o governo apresenta plano odontológico?”, questionou Carminatti.

A deputada também cobrou a redução da contribuição dos aposentados à previdência, atualmente em 14%, e criticou a proposta anunciada pelo Executivo.

“Esta proposta vai contemplar todos os inativos, incluindo os maiores salários, enquanto não isenta dos três aos cinco salários, permitindo que quem ganha além do teto tenha um benefício, quero adiantar que não concordamos com isso”, anunciou Carminatti.

Sargento Lima (PL) lembrou que o déficit da previdência é pago mensalmente com dinheiro da Fonte 100. Esses recursos, frisou Lima, poderiam ser utilizados para recuperar as rodovias estaduais. Assim, por causa do déficit, o Executivo barriga-verde será obrigado a contrair um empréstimo de R$ 1,5 bi para recuperar as estradas.

Já o deputado Mário Motta (PSD) cobrou explicações da Casan sobre o rompimento da caixa d’água recém construída no bairro Monte Cristo, em Florianópolis.

“É necessário apurar a responsabilidade, não tomar medidas é a melhor maneira de outros eventos como este acontecerem”, argumentou Motta, que sustentou na tribuna que se “o contrato tivesse sido seguido à risca, o rompimento seria improvável”.

Motta revelou que a obra deveria ter sido entregue ainda em 2015 e que o contrato foi aditado 13 vezes, sendo 10 aditivos prorrogando o prazo de conclusão da obra e três suplementando o custo da obra em R$ 1,6 mi.

Motta ainda questionou a Casan se a obra foi formalmente recebida; e se a empresa estava utilizando de fato o reservatório ou apenas fazendo testes de estanqueidade.

“Me parece fundamental entender se todos os dispositivos de controle da obra foram atendidos. Vamos guardar o resultado da perícia técnica para apontar os reais motivos”, afirmou Motta, que levantou dúvida sobre a bitola das vigas de aço utilizadas na estrutura.

José Caramori
Com a licença sem remuneração e pelo período de 30 dias, a contar de 12 de setembro, do deputado Napoleão Bernardes (PSD), tomou posse no Legislativo o deputado José Cláudio Caramori (PSD), ex-prefeito de Chapecó.

Caramori jurou manter, defender e cumprir a Constituição Federal, a Constituição Estadual, além de observar as demais leis e agradeceu o apoio de familiares e de amigos, com destaque para o irmão mais velho, ex-deputado Reno Caramori.

José Cláudio ainda agradeceu a presença de prefeitos, lideranças partidárias e, de maneira especial, do vice-presidente do Tribunal de Justiça (TJSC), Altamiro de Oliveira, assim como da ex-deputada Marlene Fengler e dos deputados Julio Garcia (PSD), Mário Motta e Napoleão.

“Quero tratar todas as demandas com muito atenção e quero me somar à Bancada do Oeste, se temos compromisso com todos os catarinenses, tenho a obrigação de auxiliar na solução de problemas históricos que afligem o Oeste”, avaliou Caramori, que citou repasse para manutenção do Hospital Regional do Oeste e a recuperação de rodovias como prioridades.

Julio Garcia e Mário Motta saudaram o novo colega.

“Um ato importante para o Oeste, região que já deu à política nomes de expressão, hoje recebemos aqui uma figura ilustre, o nosso Zé Caramori”, discursou Garcia.

“A vida é curta para ser pequena, não há mandato curto, o seu certamente será grandioso”, pontuou Motta.

7 de setembro em casa
Carlos Humberto (PL) repercutiu as celebrações da Independência Brasil afora e avaliou que um “ar de tristeza” prevaleceu nos desfiles.

“Na última semana em que comemoramos os 201 anos da Independência vimos cerimônias nos grandes centros e aqui no estado, mas o que a gente pôde perceber, sem muito esforço, foi um ar de tristeza, um não-pertencimento, as pessoas que eram para estar nas ruas comemorando, celebrando as cores, gritando o nome da nação com felicidade, famílias, mães, idosos, estes, envergonhados e tristes, estavam em casa”, apontou Humberto, que disparou contra os militares. “Não sei se são melancias ou bananas”.

De olho no STF
Sargento Lima atualizou os catarinenses sobre as últimas informações vindas do Supremo Tribunal Federal (STF) e criticou deputados e senadores por falharem na missão de legislar, abrindo espaço para decisões do Judiciário.

“O STF já tem maioria para aprovação da derrubada do marco temporal, está praticamente decretada a insegurança jurídica no campo e na cidade”, insistiu Lima, que também citou a maioria formada na Corte para legitimar a cobrança do imposto sindical.

Vitor Santos
AGÊNCIA AL