A morte de um bebê na fila de espera por um leito de UTI Neonatal disparou uma onda de críticas na sessão de quarta-feira (15) da Assembleia Legislativa. A situação de rodovias federais e estaduais também foi alvo de queixas dos parlamentares.

“O desespero de uma mãe que perdeu seu bebê com dois meses de idade porque o estado de Santa Catarina não tem leito de UTI. Os profissionais fizeram das tripas coração para encontrar um leito de UTI para essa criança, mas a Secretaria de Saúde (SES) é um campo de incapazes e de assassinos, miseráveis assassinos é o que vocês são”, discursou Ivan Naatz (PL).

Bruno Souza (Novo) apoiou Naatz e acusou a SES de falta de planejamento

“Para quem depende da saúde pública é um dia de pesar e para uma mãe é um dia de luto, uma mãe que perdeu seu filho esperando uma UTI nesse final de semana por falta de planejamento”, cravou Bruno.

Segundo o deputado, em fevereiro, a SES informou que a demanda por leitos de UTIs neonatais “era atípica, pontual e sazonal”.

“Não se admitiu o problema na ocasião, mas em 20 de março o estado estava com 99% de ocupação em UTIs neonatais, havia apenas dois leitos disponíveis. Só no dia 25 de maio a Superintendência resolveu se questionar sobre o que estava sendo feito”, relatou Bruno.

Silvio Dreveck (PP) ponderou as fragilidades do poder público, mas defendeu os serviços prestados pelos municípios, estados e União.

“Se as famílias que não têm poder aquisitivo elevado não tivessem uma creche pública para deixar suas crianças? Se não tivesse a escola pública? Se não tivesse o poder público, como as pessoas sem dinheiro e sem poder aquisitivo acessariam uma consulta, um medicamento, um exame, um internamento? Mesmo que não seja um serviço de primeira qualidade, não pelos profissionais, mas pelo sistema de saúde, é indispensável”, argumentou Dreveck.

Fonte: Imprensa / Alesc