Empresa do ramo de vestuário vai usar mão de obra e expertise de quatro mil profissionais de oficinas de costura do interior potiguar.
Em uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (29/6), a gigante chinesa do setor de vestuário “fast fashion” Shein anunciou oficialmente o início de uma parceria que tem como meta abrir duas mil fábricas, gerar 100 mil empregos e investir 150 milhões de dólares (cerca de R$ 750 milhões) no mercado brasileiro.
O ponto de partida será o Rio Grande do Norte, numa parceria com uma fábrica da Coteminas em Macaíba, região metropolitana de Natal. A confecção das primeiras peças em território nacional vai usar a expertise de mais de quatro mil profissionais de oficinas de costura do interior do estado, em especial na região do Seridó. Num primeiro instante, a aposta será em jeans, brim e malhas de algodão.
O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho da Shein na América Latina, Marcelo Claure, acompanhado da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e do presidente da Coteminas e da Fiesp, Josué Gomes, após encontro dos três com o presidente Lula. O início da produção está previsto para julho.
“Dois meses atrás, estabelecemos um compromisso com o Brasil, de trocar a fabricação para o mercado brasileiro, abrir duas mil fábricas e gerar 100 mil empregos. Estamos aqui para reafirmar o compromisso nesse projeto piloto no Rio Grande do Norte”, afirmou Marcelo Claure. A opção inicial se conecta com a vocação têxtil do estado associada a um antigo programa de incentivos fiscais da região.
“É um reconhecimento ao potencial do nosso estado, à qualificação de nossa mão de obra e à vocação que temos para a indústria têxtil”, afirmou Fátima Bezerra. “Isso trará aquilo que o povo mais deseja: emprego, renda e qualidade de vida”, completou a governadora, que estima a criação de outros quatro mil empregos no estado se a parceria atingir todo o potencial.
De acordo com Marcelo Claure, a ideia é não só produzir e vender de forma regularizada e oficial mais de dois mil diferentes produtos em território nacional, mas transformar o Brasil num ponto de exportação para a América Latina. “Faz parte do processo de globalização da Shein”, explicou.
“É um reconhecimento ao potencial do nosso estado, à qualificação de nossa mão de obra e à vocação que temos para a indústria têxtil”, afirmou Fátima Bezerra.
Fonte: Comunicação / Palácio do Planalto