Na reunião do G7, líderes trataram sobre cooperação em defesa, ampliação de trocas na área da cultura e o conflito na Ucrânia.
Os chefes de Estado de Brasil e França encontraram-se hoje em Hiroshima, no Japão, durante a reunião do G7. No evento, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Emmanuel Macron reforçaram a retomada da relação entre os dois países. Neste encontro, os líderes discutiram cooperação em defesa e ampliação de trocas na área da cultura. O conflito na Ucrânia também esteve na pauta das conversações entre os presidentes.
Brasil e França firmaram parceria estratégica em 2006, promovendo o continuo diálogo político e as relações econômico-comerciais. Os dois países possuem ainda cooperação nas áreas de defesa, espaço, energia nuclear e desenvolvimento sustentável. A parceria Brasil-França ainda contempla os domínios da educação, ciência e tecnologia, temas migratórios e transfronteiriços.
Além de desenvolverem projetos em conjunto em áreas sensíveis e de alta tecnologia, são expressivas tanto a presença de brasileiros vivendo em solo francês quanto a atuação de empresas francesas no Brasil. Segundo o Itamaraty, cerca de 90.000 brasileiros vivem na França metropolitana e outros 82.500 na Guiana Francesa, somando cerca de 172.500 no total. Com 730 km, a fronteira entre o estado brasileiro do Amapá e a Guiana Francesa constitui a maior fronteira terrestre da França.
Existem cerca de 860 empresas francesas no Brasil. O Brasil é hoje o segundo principal destino dos investimentos franceses entre os chamados países emergentes, tendo sido ultrapassado apenas recentemente pela China. A França é o 3º maior investidor no Brasil, pelo critério de controlador final, com cerca de US$ 38 bilhões investidos, e 5º maior pelo critério de investidor imediato, com investimentos de cerca de US$ 32 bilhões, segundo os dados do Banco Central para 2021.
BALANÇA COMERCIAL – O intercâmbio comercial entre Brasil e França é diversificado. Os principais produtos exportados pelo Brasil foram, em 2022: farelos de soja (21%); óleos brutos de petróleo (16%); minério de ferro e seus concentrados (9,1 %); e celulose (7,5%). A pauta de importação é também diversificada, com ressaltada presença de motores e máquinas não elétricos (15%); compostos organo-inorgânicos (8,9%); e medicamentos e produtos farmacêuticos (5,2%).
COOPERAÇÃO EDUCACIONAL E ACADÊMICA – Há, atualmente, cerca de 750 acordos e convênios bilaterais sobre o tema firmados diretamente entre universidades brasileiras e francesas. Tradicionalmente o segundo país em número de estudantes brasileiros e o segundo principal parceiro do Brasil em produção científica, a França tornou-se também um dos países de destino do maior número de bolsistas brasileiros.
Fonte: Comunicação / Palácio do Planalto