Depois de ter recebido agentes da Polícia Federal a tiros de fuzil e granadas, o ex-deputado Roberto Jéfferson (PTB), passou a noite no Presídio de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele chegou ao complexo prisional por volta de uma hora da manhã, depois de ter passado por exame de corpo de delito no IML.

Roberto Jéfferson cumpria prisão domiciliar e vinha desobedecendo diversas recomendações do STF. Para manter o benefício, ele não podia fazer campanha política, receber visitas, participar de encontros com integrantes do seu partido, e nem se manifestar em redes sociais.

Após ter publicado um vídeo com ataques à Ministra Carmem Lúcia, do STF, o ministro Alexandre Moraes, revogou o benefício de prisão domiciliar do ex-deputado, determinando que a Polícia Federal fosse ao endereço de Jéfferson, cumprir um mandado de prisão. No início da tarde, agentes da PF, foram recebidos a tiros de fuzil e granadas, na residência do ex-presidente do PTB. Após horas de negociação, ele se entregou e foi encaminhado à sede da Polícia Federal. Além do mandado que já existia, ele foi preso em flagrante por tentativa de homicídio contra dois agentes da Polícia Federal, que foram atingidos por estilhaços na explosão das granadas.

Está prevista para o início da tarde desta segunda, uma audiência de custódia, quando um juíz de execuções penais, decidirá se Roberto Jéfferson continua ou não preso e se ele continua no presídio de Benfica, ou será transferido para o Complexo Prisional de Bangú.