Jogo do Avaí com o Brusque será realizado em Criciúma. Confira a opinião do Jornalista JP Reitz.
A Federação Catarinense de Futebol (FCF) comunica que que a partida da 10ª rodada do Catarinense Fort Atacadista 2024 entre Avaí e Brusque será disputada no sábado (24/02) no estádio Heriberto Hulse, em Criciúma.
A decisão ocorreu após a vistoria da Comissão de Inspeção de Estádios da FCF, que em contato com a empresa Greenleaf, responsável pelo serviço de troca do gramado, informou que a correção do serviço inicial prestado pela empresa necessita de um tempo maior de recuperação.
Opinião
São duas questões a serem consideradas em relação ao grave problema do gramado da Ressacada. A primeira: O Avaí encerrou a participação no Campeonato Brasileiro de 2023 no dia 25 de Novembro. A diretoria teve praticamente dois meses para realizar a troca do gramado. Não planejou a obra, e aí, não houve tempo para a recuperação do gramado. O mesmo serviço já foi realizado em outros anos, em prazos até menores. Em 2016, o Avaí iniciou o ano jogando no Renato Silveira, em Palhoça, para dar o tempo adequado. Poderia ter feito isso novamente.
A segunda questão: A Federação Catarinense de Futebol não tem profissionais qualificados e nem um protocolo eficaz para realização das vistorias nos estádios. Alguém com o mínimo de conhecimento, teria verificado que o gramado não estava pronto. Em 20 anos de estrada, já transmiti jogos em situações precárias no interior do estado. Em alguns casos, não havia sequer banheiro para a imprensa.
Recentemente tivemos um problema no Estádio das Nações, em Balneário Camboriú, nas acomodações da imprensa. Nada disso me surpreende por saber que, entre quem vistoria os gramados, muitos deles nunca deram um chute em uma bola. Salvo das minhas críticas, os departamentos de arbitragem, comunicação e jurídico. Nos demais, desconheço qualquer cargo que seja ocupado por alguém capacitado para tal, incluindo o mais alto deles.
E quem fiscaliza as acomodações de imprensa, faz muitas décadas que não transmite uma partida de futebol, não tem a mínima ideia de como é ficar em um espaço minúsculo, em uma tarde de verão, com um telhado de zinco a poucos metros da sua cabeça, ajudando a aumentar a famosa “sensação térmica”. E no intervalo, ter que passar por dentro da cabine da tv que transmite ao vivo, para poder chegar ao banheiro. Muitas vezes aparecemos na tela do Premiere por termos que passar na frente da câmera no momento em que ela fechava no narrador.
José Paulo Reitz – Jornalista Profissional