Mandados em Santa Catarina estão sendo cumpridos nos municípios de Balneário Camboriú, Camboriú e Içara.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em apoio à Operação Carga Fria, deflagrada na manhã desta terça-feira (8/7) pela Polícia Civil do Estado do Paraná e do Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do GAECO paranaense e da Promotoria de Justiça de Toledo, cumpriu mandados nos municípios de Balneário Camboriú, Camboriú e Içara. A operação buscou desmantelar organização criminosa que atuava no tráfico de drogas, distribuindo-as da região Oeste do Paraná para outras regiões do país.
De acordo com o MPPR, os chefes da organização criminosa ostentavam padrão de vida elevado, com apartamentos e casas milionários, viagens para destinos caríssimos, carros luxuosos, veículos aquáticos.
Os valores oriundos do comércio de entorpecentes estariam sendo mascarados através de aquisição de bens móveis e imóveis, especialmente na cidade de Balneário Camboriú, feita em nome de “testas de ferro”, visando ocultar o real proprietário.
Entre os alvos da busca no litoral catarinense, uma empresa de investimentos e uma corretora ¿especializadas em imóveis luxuosos das maiores e melhores grifes das construtoras e investidores do país e do exterior¿, conforme por eles divulgado em suas redes sociais.
A Operação Carga Fria
Com cerca de 200 policiais – apoio da Divisão de Combate à Corrupção (DCCO), Divisão Policial do Interior (DPI) e dos GAECOS de Santa Catarina e Pernambuco – foram executadas 101 ordens judiciais, sendo cumpridos 45 mandados de busca e apreensão nos Estados do Paraná (municípios de Toledo, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste e Curitiba), Santa Catarina (municípios de Balneário Camboriú, Camboriú e Içara) e Pernambuco (município de Jaboatão dos Guararapes) e dez prisões preventivas.
Foram sequestrados, ainda 20 bens móveis, entre carros e caminhões, e 8 imóveis, bloqueadas 17 contas-correntes e cumprido o afastamento de um policial civil do Estado de São Paulo, suspeito de integrar a organização criminosa.
A investigação, que durou cerca de quatro meses, gerou um prejuízo de aproximadamente 28 milhões para os criminosos: mais de vinte milhões em bens sequestrados durante a operação, cerca de setecentos mil em bens apreendidos durante as investigações e cerca de sete milhões em drogas apreendidas.
Os valores bloqueados em contas correntes, bens aprendidos durante as buscas e os que serão identificados através da análise dos elementos de informação coletados com as medidas cautelares ainda serão contabilizados.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico, com penas que podem chegar a 38 anos de reclusão, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro, com pena de até 10 nos de reclusão por cada conduta perpetrada.
Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, o efetivo desmantelamento do crime organizado somente é possível com a descapitalização da estrutura criminosa, o que também permite recuperação de ativos, já que os bens são leiloados e o valor revertido aos cofres públicos.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Socialdo MPSC (Com informações do MPPR)