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Novas ações de prevenção à varíola dos macacos foram apresentadas em reunião nesta sexta, 12. O superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, anunciou um plano de contingência para prevenir aumentos de casos no estado. Foram definidos três níveis de resposta, sendo que cada um é baseado na avaliação do risco da doença afetar Santa Catarina e seu impacto para a saúde pública:

No primeiro nível corresponde a um risco mais ameno, a resposta será detectar, investigar, manejar e notificar casos potencialmente suspeitos. No segundo nível, será a alocação de recursos adicionais e o apoio complementar da esfera estadual. Já no nível três, quando há transmissão local ou reconhecimento de declaração de emergência, a Secretaria de Saúde planeja atuar na contenção e mitigação. É avaliada como transmissão comunitária quando não é mais possível identificar a origem da infecção.

O plano visa principalmente oferecer condições de vigilância para identificação precoce da doença, evitando o alastramento nos públicos mais vulneráveis: crianças, gestantes e os imunocomprometidos.

A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus monkeypox, descoberto em 1958. O primeiro caso humano da doença foi registrado em 1970, na África. Apesar do nome, não há envolvimento de animais no surto desse momento. Tem ocorrido de pessoa para pessoa.

A transmissão ocorre, principalmente, por contato próximo como: contato direto com uma erupção cutânea, feridas ou crostas de lesões; com objetos, roupas, toalhas ou roupas de cama; e com superfícies usadas por alguém infectado e também por meio de gotículas respiratórias ou fluidos orais de uma pessoa infectada.

No início da infecção podem ocorrer sintomas como dor de cabeça, febre, calafrios, dor de garganta, mal-estar, fadiga e aumentos nos linfonodos. Com a passagem do tempo ocorrem erupções na pele.

Os sintomas duram entre duas e quatro semanas. Já o período de incubação do vírus é de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. A doença é transmitida desde as 48 horas que antecedem o início dos sintomas até o desaparecimento completo das lesões.

No Brasil, não há vacina contra a varíola dos macacos disponível, mas o Ministério da Saúde avalia a incorporação para públicos mais vulneráveis e também para bloquear a transmissão. No caso de transmissão, a prevenção inclui o uso de máscara, evitar ambientes fechados e com aglomerações e higiene frequente das mãos. Evitar o contato com lesões de pele em familiares ou parceiros sexuais também ajuda na prevenção.