Acompanhado da ministra Marina Silva, presidente visitou a central de monitoramento de incêndios florestais em Brasília neste domingo, 25.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou neste domingo, 25 de agosto, a central de monitoramento do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Brasília, para acompanhar a situação dos incêndios em São Paulo, no Pantanal e na Amazônia. Há cerca de três mil brigadistas em todo o país trabalhando para combater os focos de fogo.
“Até agora, não conseguimos detectar nenhum incêndio causado por raios, o que significa que tem gente colocando fogo na Amazônia, no Pantanal e em São Paulo”, afirmou o presidente durante reunião com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e representantes do Governo Federal.
Lula pretende participar da reunião semanal que ocorre na Casa Civil, com a participação de mais de 20 ministérios, sobre os incêndios. Os governadores dos estados atingidos serão convidados. “A Polícia Federal vai investigar e o governo vai trabalhar com os estados no combate aos incêndios”, disse, por meio da rede social X (ex-Twitter).
A ministra Marina Silva classificou a situação dos focos de incêndio em São Paulo como “atípica”. De acordo com o governo do Estado de São Paulo, 21 cidades enfrentam focos ativos de incêndio neste domingo. Ao todo, 46 municípios estão em alerta máximo para queimadas. “Em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em poucos dias você tenha tantas frentes de incêndio envolvendo, concomitantemente, vários municípios”, disse Marina.
“É preciso parar de atear fogo, porque mesmo colocando tudo o que está à disposição dos governos estaduais, municipais, dos esforços privados e do Governo Federal, se não parar de colocar fogo num período em que há temperatura alta, baixa umidade relativa do ar e ventos que vão até 70 km por hora, não há como conter o fogo”, enfatizou a ministra.
INVESTIGAÇÃO — O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou que há dois inquéritos para apurar se os incêndios em São Paulo são criminosos. “Mobilizamos as nossas 15 delegacias espalhadas no interior e a nossa superintendência regional, coordenados pela diretoria de Amazônia e Meio Ambiente em Brasília, para que a gente possa identificar a questão que envolve essas queimadas no estado”, explicou. A Polícia Federal também investiga as causas dos incêndios na Amazônia e no Pantanal.
“É fundamental que se entenda o que está acontecendo. Quando se trata de ação criminosa, será punida com todo o rigor que a lei nos oferece”, frisou Marina Silva.
PREVENÇÃO — Desde o ano passado, o Governo Federal trabalha na prevenção de incêndios no país. “Se não tivéssemos nos preparado desde 2023 para fazer esse enfrentamento, nós estaríamos numa situação muito difícil. Se não tivéssemos reduzido o desmatamento em 50% no ano passado na Amazônia e em 45% neste ano, estaria uma situação incomparavelmente difícil”, pontuou a ministra.
EQUIPAMENTOS — A partir da demanda do governo do estado de São Paulo à Defesa Civil Nacional, o Governo Federal mobilizou apoio para combate e monitoramento de áreas atingidas. Estão sendo utilizadas duas aeronaves Pantera, uma aeronave Cougar, uma Super Cougar, uma SH-16 e um KC-390, com sistema para lançamento de água. Além disso, há sete caminhões-pipa, 21 viaturas (caminhões, ônibus, viaturas-socorro, etc) e uma equipe com equipamentos de engenharia. Ao todo, 424 militares atuam na região.
Comunicação | Palácio do Planalto