No lançamento de nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento, presidente diz que Brasil deve aproveitar oportunidade de se tornar a grande potência sustentável do planeta.
o anúncio da volta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nesta sexta-feira (11/8), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o pacote de R$ 1,7 trilhão de investimentos em obras de infraestrutura cumpre o papel de colocar a capacidade do Estado a serviço dos sonhos da população brasileira de uma vida melhor. Uma iniciativa para permitir ao país gerar empregos e voltar a crescer de forma sustentável, reduzindo desigualdades e dando oportunidades e dignidade às famílias.
Em cerimônia concorrida no Theatro Municipal, com presença de ministros, governadores, prefeitos, empresários e entidades da sociedade civil, Lula afirmou que o Novo PAC simboliza o início de seu terceiro mandato, que teve os primeiros seis meses voltados para recuperação de políticas sociais que tinham sido desarticuladas pelo governo anterior. Foram 42 políticas de inclusão social retomadas e que já começaram a funcionar. Agora é a vez das obras de infraestrutura, muito delas paralisadas pelo último governo.
“Com o Novo PAC, o país voltará a crescer. E entrará no rumo certo para recuperar todas as conquistas que lhe foram tomadas nos últimos anos. O crescimento do Brasil voltará a ser correto e acelerado. Mas precisará ir além disso. Terá que ser sustentável. O planeta não aguenta mais a pressão ambiental”, disse o presidente, anunciando ainda que o governo dará atenção especial ao manejo de resíduos sólidos e à prevenção de desastres relacionados às mudanças climáticas, além de ser mais criterioso nas análises de licenciamento ambiental.
Segundo ele, priorizando energias limpas, como solar, eólica, biodiesel, biomassa e investimentos em hidrogênio verde, o Novo PAC ajudará o Brasil, que já tem uma das matrizes energéticas mais limpas e renováveis do mundo, a se tornar a grande potência sustentável do planeta, produzindo – na indústria e no campo – sem gerar mais carbono e sem destruir as matas.
Durante a cerimônia, o presidente assinou três decretos que instituem o PAC e duas comissões interministeriais vinculadas ao programa, uma de inovações e aquisições e outra de qualificação profissional, emprego e inclusão socioeconômica.
CONSTRUÇÃO COLETIVA – Lula destacou a construção coletiva do programa, com governadores e prefeitos sinalizando prioridades, para que os projetos escolhidos sejam o reflexo dos anseios das populações de cada região. Mencionou a participação do setor privado e do Congresso Nacional, que tem compreensão da necessidade de o Brasil voltar a crescer, sem descuidar das contas públicas, e aprova as proposições do Executivo para criar ambiente favorável aos investimentos e ao crescimento.
O presidente também afirmou que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, em sua terceira versão, vão movimentar a indústria, fazer a roda da economia girar e definir um novo momento da industrialização do país, revertendo uma crise de anos do setor.
“As infraestruturas de energia e de transporte que integram a carteira do Novo PAC serão fundamentais para possibilitar o renascimento de nossa indústria. Elas vão baratear os custos de produção e de escoamento, tornando os nossos produtos mais competitivos no mercado externo. E mais baratos para o consumidor brasileiro”.
EMPREGO E RENDA – Lula também destacou o papel estratégico do Programa de Aceleração do Crescimento para gerar empregos – estima-se 4 milhões de postos de trabalho – e consolidar o que ele chama de palavras mágicas, ou ingredientes básicos, para o crescimento de um país: credibilidade, estabilidade e previsibilidade.
O Novo PAC traz ainda mais credibilidade porque é transparente, porque tem mecanismos de gestão e acompanhamento por toda a nossa sociedade. Ele traz ainda mais estabilidade porque não foi uma ideia tirada da cartola, mas construída a muitas mãos, a partir de muito diálogo federativo e social. E traz ainda mais previsibilidade porque coloca à luz do sol e à vista de todos o rumo que a sociedade brasileira escolheu. Mostra que transformações virão, que oportunidades de negócio surgirão. Mostra o Brasil que queremos ser, e como todos e todas poderão participar desse novo país”.
O presidente definiu o Novo PAC como grande empreitada que transformará o Brasil e lembrou que o programa cria mecanismos para garantir produtos e serviços de pequenas, médias e grandes empresas nacionais nas compras públicas relacionadas ao programa, além de fazer qualificação profissional para que os brasileiros ocupem postos de trabalho decentes e de qualidade resultantes do crescimento da economia.
Segundo ele, a grande força do programa está na busca de realização de sonhos individuais e coletivos de brasileiros que desejam moradia mais digna, cidades mais seguras e agradáveis, bom emprego, um futuro melhor para os filhos e o fim das desigualdades.
“Sonhos que podem ser sonhados por todos nós, sem medo de serem grandes demais. Pois sabemos que com a força do investimento, com a capacidade de planejamento de longo prazo e com a disposição política não apenas do Governo Federal, mas de toda a nossa sociedade, esses sonhos podem sim se tornar realidade”.
Fonte: Comunicação / Palácio do Planalto