O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu na manhã desta terça-feira, 26 de setembro, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, no Palácio do Planalto. Na conversa, de cerca de uma hora, ambos trocaram impressões sobre o momento presente da geopolítica internacional, as perspectivas do mundo em desenvolvimento e as principais contribuições do Brasil para o aprimoramento da governança global.
“Estou muito satisfeito com sua volta à Presidência e com a volta do Brasil ao cenário global”, ressaltou o político britânico, que também parabenizou a iniciativa lançada recentemente pelo presidente Lula e pelo presidente dos EUA, Joe Biden, pela promoção do trabalho decente.
O presidente Lula recebeu também felicitações pela assunção, em dezembro próximo, da presidência do G20 e pela realização da próxima COP 30, em Belém (Pará). Ambos concordaram que estas serão oportunidades privilegiadas para priorizar as agendas da sustentabilidade, da paz e do combate à pobreza, conferindo maior protagonismo aos temas de interesse do Sul Global. “Vamos fazer um G20 forte, dando centralidade ao tema da desigualdade. É preciso indignar as pessoas com a pobreza”, ressaltou o presidente Lula. Sobre o tema da sustentabilidade, destacou que “o Brasil tem todo potencial para se tornar uma grande potência das energias renováveis”.
Blair destacou, nesse sentido, as possibilidades de contribuição do Brasil para o desenvolvimento do continente africano. Coincidiram que o Brasil pode ser um parceiro excepcional para a África em temas ligados à transição energética, infraestrutura e programas de combate à pobreza. “É preciso cuidar do problema da dívida dos países africanos, transformá-la em investimentos em infraestrutura, com apoio das instituições de governança financeira global”, destacou o presidente brasileiro.
Ainda no terreno da sustentabilidade, ambos trocaram impressões a respeito da COP 28, em Dubai, e a realização da COP 30, em Belém. O presidente Lula apontou o trabalho de coordenação sendo construído com os países amazônicos e demais detentores de florestas tropicais no mundo. “O mundo sempre falou da Amazônia, chegou a hora de ouvir o que a Amazônia tem a dizer”, comentou.
Fonte: Comunicação / Palácio do Planalto