Em entrevista à Voz do Brasil, Jader Filho fez balanço do programa habitacional e relembrou ações do Ministério das Cidades no último ano.
O Minha Casa, Minha Vida, maior programa habitacional brasileiro da história, chegou a fim de 2024 com mais de 1,25 milhão de moradias contratadas. O número representa 25% a mais do que a meta estabelecida para o período, que era de 1 milhão de contratações. O dado foi apresentado pelo ministro das Cidades, Jader Filho, em entrevista nesta quinta-feira (2) para A Voz do Brasil, que pode ser acessada na íntegra no site do programa.
“Realmente neste ano avançamos muito”, avaliou o ministro. “Nós já entregamos mais de 41 mil novas unidades habitacionais, realizando o sonho da casa própria. Outras estavam com ritmo lento e conseguimos retomá-las e entregá-las ao Brasil. São mais de 44 mil novas unidades, das quais boa parte deve ser entregue ainda em 2025”.
O ministro explicou o processo de aprimoramento do programa, com novas regras para garantir maior conforto e qualidade de vida aos moradores. Entre as inovações, estão a inclusão obrigatória de bibliotecas nos conjuntos, varandas nas moradias e a limitação máxima de 750 unidades habitacionais por condomínio, para estimular o senso de comunidade e melhorar a gestão condominial. “Existe mais cuidado nos condomínios menores do que nos grandes, com melhor convivência”, explicou o ministro.
A resposta às enchentes no Rio Grande do Sul também foi tema abordado pelo ministro na entrevista. Ele ressaltou a autorização para a construção de 11,5 mil unidades habitacionais em diversos municípios, como Porto Alegre e Canoas, além da criação de modalidades especiais do MCMV para emergências, como o Minha Casa, Minha Vida Calamidades Rural e a possibilidade de aquisição de imóveis prontos, com valor elevado para até R$ 200 mil. O governo também reforçou o orçamento com R$ 6,5 bilhões para obras de drenagem e recuperação de diques na região metropolitana, com o objetivo de prevenir novos desastres.
Sobre o programa Periferia Viva, o ministro reafirmou o compromisso do governo com as comunidades periféricas, promovendo a urbanização, obras de pavimentação, drenagem e ampliação do acesso a água e esgoto. “Fizemos uma inovação na urbanização de favelas em que a gente integra a ação do governo federal. São 17 ministérios envolvidos”, explicou. “Com isso vamos agir de maneira conjunta nas periferias sob a coordenação da Casa Civil e a supervisão da nossa Secretaria de Periferias, com o secretário Guilherme Simões”.
Por fim, o ministro falou sobre área de mobilidade urbana, destacando a seleção do Novo PAC para renovação de frotas. “Conseguimos elevar essa seleção para R$ 10 bilhões e colocar todas as propostas, incluindo veículos sobre trilhos, ônibus elétricos, ônibus com tecnologia de diesel Euro 6 menos poluente, o que vai nos ajudar na pauta da descarbonização do transporte público”, afirmou. “Nós estamos trazendo ônibus com Wi-Fi e ar-condicionado, além de diversas obras de BRTs e VLTs espalhadas pelo Brasil, para que a gente possa dar mais qualidade de vida para a população das nossas cidades”.
Fonte: Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério das Cidades