A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Defraudações e da Delegacia de Investigações à Lavagem de Dinheiro, ambas da DEIC, juntamente com a 29ª Promotoria de Justiça do MPSC, deflagrou nesta quinta-feira, 6, a Operação Cripto X, na Grande Florianópolis. Ao todo foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e apreendidos 15 carros de luxo.
Em entrevista coletiva, o delegado Leonardo da Silva, da Delegacia de Defraudações da DEIC, disse que a operação Cripto X teve como alvo uma empresa de criptomoedas que prometia lucros de 40% para os investidores. “Nos últimos 3 anos, essa empresa movimentou valores de aproximadamente R$ 900 milhões e cerca de sete mil pessoas foram lesadas”.
Também foram aprendidos 15 carros de luxo e um jet ski que representam um patrimônio de cerca de R$ 3,5 milhões. Leonardo Silva enfatizou que as pessoas precisam ficar alertas para qualquer operação financeira que ofereça lucros acima de 3%, pois estão fora da realidade econômica do país.
O delegado informou que foram decretadas medidas cautelares para retenção do passaporte dos investigados, impossibilitando que eles se ausentem da comarca. Os investigados também estão impedidos de operar no mercado financeiro ou com qualquer operação de investimento.
O Diretor da DEIC, Delegado Daniel Régis, destacou a operação deflagrada pela Delegacia de Fraudações é mais uma prova da qualidade do trabalho que vem sendo desenvolvido no âmbito da DEIC. “Além da organização criminosa e crimes de estelionato vão responder também pela lavagem de capitais. A gente aprofunda as investigações e acaba atingindo patrimônio não só desses indivíduos, mas também de interpostas pessoas pelas quais eles, eventualmente, possam ter escondido o patrimônio”, afirmou. Ele frisou ainda a importância de que as pessoas se atentem sobre este tipo de investimento.
O Promotor de Justiça, do MPSC Wilson Paulo Mendonça Neto, enalteceu a agilidade da Polícia Civil . “A ação de hoje é importante forma de reter patrimônio dos investigados para tentar reverter dos prejuízos das vítimas. As investigações agora continuam para possibilitar em breve a deflagração das ações penais e civis pertinentes e a responsabilização dos investigados”, destaca o Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto.
Porém, foi constatado que cinco investigados já deixaram o país, sendo que alguns deles estão residindo em Dubai e na Florida. Participaram da operação 30 policiais civis. As investigações seguem no intuito de identificar demais vítimas e envolvidos.
Fonte: Secom