Foto: Divulgação / PCSC

O Inquérito Policial (IP) Digital, um dos grandes projetos desenvolvidos pela Polícia Civil de Santa Catarina, em parceria com o Poder Judiciário, foi apresentando nesta segunda-feira, 9, ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Francisco de Oliveira Filho. O delegado-geral, Ulisses Gabriel, agradeceu ao TJSC pela parceria no desenvolvimento da ação por meio de suas diretorias judiciárias e de tecnologia, que já vinham atuando e auxiliando nesse grande projeto, capitaneado pelo juiz Rafael Sandi. 

“Depois que fizemos o desenvolvimento inicial, começamos a discutir com o Tribunal de Justiça a dinâmica da integração. Assim, temos agora um produto acabado que começa a ser implementado, como experiência, em Florianópolis e Blumenau”, disse Ulisses Gabriel. A expectativa é que até o final de 2025 o IP Digital seja usado em todo o estado. 

O IP Digital constitui um avanço significativo no campo da investigação policial, especialmente por proporcionar mais eficiência e transparência em todo o processo. Ao digitalizar os inquéritos policiais, elimina-se a necessidade de documentos físicos, o que resulta em uma economia substancial de recursos materiais. Além disso, a comunicação dos atos de polícia judiciária entre os diferentes órgãos estatais torna-se mais ágil e direta, acelerando a troca de informações e a tomada de decisões.

Outro aspecto crucial desse sistema é a sua integração com as plataformas de segurança pública estaduais. Essa integração permite que dados e informações circulem de maneira fluida entre as diversas esferas de atuação da segurança, facilitando a cooperação entre instituições e aumentando a eficácia das ações conjuntas. “É um sistema intuitivo totalmente digital que vai revolucionar a persecução penal porque, a partir de agora, o escrivão de polícia não precisará mais escanear documentos e pegar esse documento escaneado e cadastrar no Eproc”, observou o delegado Ulisses. 

O delegado-geral pontuou que ao reunir essas funcionalidades em um único sistema, o IP Digital não só moderniza os procedimentos da polícia judiciária, como também potencializa a capacidade de resposta às demandas da sociedade.

Ulisses Gabriel recordou a história da PCSC para demonstrar a evolução que o IP Digital representa. “A Polícia Civil passou por evoluções ao longo de sua história de 212 anos. Inicialmente nós fazíamos a prisão em flagrante num livro, passamos a utilizar a máquina de escrever, depois veio o computador com as impressoras matriciais, depois o sistema Word e as impressoras a laser ou jato de tinta. Passamos a utilizar o audiovisual e a utilizar um sistema que era híbrido que tinha informações online que eram encaminhadas para o Poder Judiciário”, relembrou. 

Porém, a grande maioria das informações ainda ficava em papel e precisava ser escaneada para depois ser inserida no Eproc. “A partir de agora com um único clique nós vamos repassar todas as informações da investigação para o Poder Judiciário melhorando a atuação da investigação, a qualidade da prova e permitindo que os advogados possam ter acesso ao trabalho de forma digitalizada e também o Ministério Público de Santa Catarina”, disse o delegado-geral. 

O delegado Ulisses considera grande avanço que está sendo entregue pelo governo Jorginho Mello. “O IP digital foi desenvolvido no âmbito da Polícia Civil, sem custos para o estado e com capacidade de se conectar ao sistema do TRF4 da quarta região que é o Eproc”, assinalou Ulisses.

 O IP Digital já foi apresentado para polícias de outros estados e pode ser usado de forma gratuita. “Não há nada parecido com o que foi desenvolvido pela nossa Gerência de Tecnologia e Inovação em parceria como o Poder Judiciário, liderado pelo desembargador Francisco. É um grande projeto da PCSC, do governo de Santa Catarina, do governador Jorginho para dar mais agilidade no atendimento às necessidades dos catarinenses. Acredito que seja um dos maiores projetos interinstitucionais da história recente de Santa Catarina”, concluiu.

Créditos: ASCOM | PCSC