Foto: Vicente Schmitt / Agência AL

Com um recorde de inscrições, 601 jovens catarinenses, com idades entre 16 a 24 anos, se candidataram para o processo seletivo do Programa Antonieta de Barros (PAB), uma política de ação afirmativa promovida pelo Parlamento catarinense desde 2004. A coordenadora do projeto na Casa, Miriam Lopes Pereira, comemorou o número de participantes. “Bateu recorde. O último processo seletivo atingiu 570 inscrições”, avaliou.

O próximo passo já está definido: na próxima terça-feira (10) serão divulgados os candidatos selecionados para as 60 vagas disponibilizadas pelo PAB. “Eles serão chamados para uma entrevista organizada pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), empresa responsável pelo processo seletivo”, pontuou.

Os novos estagiários do PAB devem iniciar a sua jornada no Parlamento no dia 14 de outubro. O estágio é de um ano, podendo ser renovável por igual período.

Critérios
Para participar do processo seletivo, que encerrou na sexta-feira (30), o candidato deve estar regularmente matriculado e frequentando o ensino médio, técnico, superior ou nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e com renda familiar de até 2,5 salários mínimos regional.

Sessenta vagas são ofertadas, sendo que 50% sao destinadas para estagiárias do sexo feminino. O valor da bolsa de estágio é de R$1.050,00 (um mil e cinquenta reais) para estudantes da educação profissional, de ensino médio e dos anos finais de ensino fundamental e de R$ 1.233,00 (um mil e duzentos e trinta e três reais) para estudantes de nível superior. Ainda são oferecidos R$ 600,00 (seiscentos reais) de auxílio alimentação e R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) de auxílio-transporte.

Duas décadas de história
Em 20 anos de história, o Programa Antonieta de Barros, que foi instituído pela Lei 13.075/04, mudou a vida de mais de 600 jovens catarinenses. O PAB é uma iniciativa que visa à inclusão social de jovens socialmente desfavorecidos ao mercado de trabalho por meio de estágio na Alesc, com o desafio de mitigar as desigualdades de gênero, raciais e sociais. 

Essa inclusão se dá por meio do aprendizado prático, em complementação ao conhecimento teórico adquirido na instituição de ensino, além do desenvolvimento de competências próprias da atividade profissional e o seu aperfeiçoamento técnico-cultural e do convívio social.

Ainda a expansão do programa para outros municípios de Santa Catarina já começou. O modelo foi adotado nas Câmaras Municipais de São Miguel do Oeste, Criciúma,  Mafra e São Bento do Sul, e será instalado também em Tubarão.

Valquíria Guimarães
Agência AL