A Secretaria de Estado da Saúde (SES) está intensificando as ações para o enfrentamento das arboviroses na temporada 2024/2025, principalmente da dengue. Por meio da Diretoria da Vigilância Epidemiológica (Dive) serão realizados seis eventos virtuais regionais voltados para os municípios prioritários, que representam mais de 90% dos casos de dengue deste ano. A iniciativa conta com parceiros como a Defesa Civil do Estado, o Ministério Público de Santa Catarina, Tribunal de Contas do Estado, além do Cosems-SC.
A primeira reunião foi realizada nesta segunda-feira, 23, com os municípios da Grande Florianópolis, que apresenta 97,5% dos casos de dengue da região (23.238) concentrados em oito municípios (Florianópolis, São José, Tijucas, Biguaçu, Palhoça, Nova Trento, Canelinha e São João Batista). Nesta região foram registrados 35 óbitos, sendo 21 somente em Florianópolis.
Neste ano, até o momento foram confirmados 52.793 focos do mosquito Aedes aegypti em 254 municípios, com 172 municípios sendo considerados infestados.
Para o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, o foco é dar mais atenção para os municípios maiores, porque são localidades onde se concentra o maior número de casos, devido ao tamanho da população. “É importante reforçarmos a questão do manejo clínico e intensificar as ações na Atenção Primária, para evitar os casos graves da doença. O Governo do Estado, através da SES, investiu muitos recursos para o manejo, contingência e porta de entrada, mas precisamos pensar de forma estratégica para conseguir minimizar o avanço da doença. Por isso, contamos também com a ajuda da população para manter suas casas limpas e sem água parada ”, explica o gestor.
A principal discussão do evento foi reduzir a magnitude, a gravidade e os óbitos da doença. Para que isso aconteça foram abordados vários temas, entre eles a diminuição da infestação do vetor, a implantação de novas estratégias, as mobilizações, análise de dados, classificação de risco, plano de contingência, fluxo de atendimentos entre outros.
“Considerando a alta transmissão da dengue, assim como as atuais condições climáticas, que favorecem a reprodução do mosquito e podem aumentar o número de casos novamente, a SES com a realização das reuniões pretende discutir e planejar com os municípios prioritários, atividades de vigilância, controle integrado de vetores e assistência dos casos, envolvendo todos os participantes”, ressalta João Fuck, diretor da Dive.
As próximas reuniões serão realizadas ainda neste mês e em outubro nas regiões de Grande Oeste, Nordeste, Sul, Vale do Itajaí e Foz do Itajaí. “O momento é de intensificar os esforços e as medidas de prevenção, por parte de todos, para reduzir a transmissão da doença”, alerta João.
A SES também reforça a importância da colaboração da população em manter os ambientes limpos e denunciar locais que possam abrigar focos do mosquito. Essas medidas são essenciais para reduzir os casos de arboviroses, que incluem doenças como a dengue, zika e chikungunya, que são transmitidas principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, cuja proliferação aumenta com a chegada das temperaturas mais altas e das chuvas.
Fonte: ASCOM | SES