Foto: Rosinei Coutinho / STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) assinaram, nesta quarta-feira (11), acordo de cooperação técnica internacional para o novo projeto do Museu Sepúlveda Pertence do Supremo. A assinatura do termo se deu por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

Na cerimônia, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, disse que o momento simboliza não apenas a consolidação de uma parceria institucional de grande relevância, mas também um compromisso compartilhado para o fortalecimento da cidadania e a promoção da cultura democrática. Para o ministro, o projeto procura conectar o STF com a sociedade e preservar a memória do constitucionalismo brasileiro num espaço cultural de excelência.

Barroso revelou, ainda, que o projeto arquitetônico prevê uma entrada lateral pela Praça dos Três Poderes, para facilitar o acesso. “O fato de ter que entrar no Supremo para visitar o museu afasta um pouco as pessoas. A entrada pela rua vai torná-lo mais visitado, e essa é uma das ideias centrais no nosso projeto”.

Segundo a representante da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, a ideia de aproximar cada vez mais a Justiça da sociedade é de grande simbolismo para a Unesco. “Ouvir que o museu terá uma porta para a rua é a metáfora mais bonita que o senhor poderia ter construído. É na rua que a justiça deve estar. Ela deve servir ao cidadão e ao Estado Democrático de Direito”.

Por fim, a embaixadora Maria Luiza Ribeiro Lopes, representante da ABC, disse que é um privilégio fazer parte desse trabalho. “Vamos trabalhar para montar um museu que vai falar dos guardiões da Constituição e da própria Constituição”, afirmou.

A parceria visa transformar o Museu do STF em um centro cultural de excelência, dedicado à promoção da memória e à educação para a democracia. O projeto pretende salvaguardar e divulgar a história do constitucionalismo brasileiro, das conquistas de direitos fundamentais e do papel do STF na proteção do regime democrático.

Iva Velloso / Lígia Maria // CF