O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou audiência, na manhã desta sexta-feira (30), para ouvir testemunhas indicadas pelas defesas do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, do ex-ministro da Justiça e secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Os três são réus na Ação Penal (AP) 2668 que apura tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
A oitiva foi aberta às 8h pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, e realizada por videoconferência.
O primeiro a ser ouvido foi o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, indicado pela defesa de Jair Bolsonaro. Em seguida prestou depoimento o senador Ciro Nogueira (PP/PI), ex-ministro da Casa Civil, que falou a pedido das defesas do ex-presidente e dos ex-ministros da Justiça e da Defesa.
Também prestaram depoimento o senador Esperidião Amin (PP/SC), o deputado distrital João Hermeto e a secretária de Desenvolvimento Social do Distrito Federal, Ana Paula Marra. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL/RS) foram dispensados a pedido da defesa do réu Anderson Torres.
Os depoimentos serão retomados à tarde, quando serão ouvidas testemunhas indicadas pela defesa de Jair Bolsonaro.
Essa fase de oitiva de testemunhas termina em 2 de junho e envolve apenas os réus do chamado “Núcleo 1” ou “Núcleo Crucial”. Além de Anderson Torres, Paulo Sérgio Oliveira e Jair Bolsonaro, também respondem na mesma ação penal o ex-comandante da Marinha Almir Garnier dos Santos, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Walter Braga Netto. Eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República por cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Adriana Romeo /AL