Um episódio brutal que envolveu três crimes e chocou a comunidade da Panaia, no bairro Carianos, no Sul da Ilha de Santa Catarina, encontrou seu desfecho na última terça-feira (05/11) em uma sessão do Tribunal do Júri na Capital. O Conselho de Sentença condenou o réu por dois homicídios e uma tentativa de homicídio a uma pena de 63 anos, nove meses e 10 dias de reclusão, em regime inicial fechado. Motivado pelo sentimento de vingança, por desconfiar da participação das vítimas na morte do irmão, o réu atirou diversas vezes contra uma prima e o namorado, causando a morte dela e provocando ferimentos no companheiro. Ao tentar fugir do local, o réu teria se deparado com a terceira vítima e atirado nela para manter os crimes anteriores em sigilo.
O crime ocorreu no dia 23 de outubro de 2023, por volta das 20 horas, em uma residência situada em uma servidão da comunidade Panaia, no bairro Carianos, na Capital. Agindo com evidente intenção de matar, o denunciado se deslocou até a residência das vítimas e bateu à porta. Ao atenderem o chamado, a prima e o namorado foram surpreendidos pelo réu, armado, que passou a desferir diversos tiros, os quais ocasionaram a morte dela e lesões nele. No caso do namorado, a morte somente não ocorreu em razão de circunstâncias alheias à vontade do acusado, visto que a vítima recebeu atendimento médico.
Enquanto fugia da cena do crime, a poucos metros da residência das vítimas, o denunciado se deparou com a terceira vítima. Para assegurar a impunidade dos outros crimes de homicídio, o réu atirou contra a vítima, que morreu no local.
O titular da 37ª Promotoria de Justiça da Capital, Promotor de Justiça Jonnathan Augustus Kuhnen, destaca que os crimes contra a prima e o namorado foram cometidos por motivo torpe, uma vez que o condenado, acreditando que as vítimas tinham envolvimento com o homicídio de seu irmão, agiu por vingança. Ademais, tais crimes foram cometidos mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, visto que o denunciado surpreendeu ambas ao sacar sua arma de fogo e efetuar, a curta distância, diversos disparos em direção a elas.
Em relação ao crime praticado contra a terceira vítima, Jonnathan Kuhnen afirma que o denunciado agiu de igual modo, de forma a dificultar a defesa da vítima, bem como para assegurar a impunidade dos outros crimes.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC