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O agregador Google Notícias foi bloqueado na Rússia, revelou hoje (24) a agência de notícias Interfax. O órgão local regulador de comunicações, Roskomnadzor, acusa a plataforma de dar acesso a notícias falsas relacionadas à invasão na Ucrânia.

“Confirmamos que algumas pessoas estão tendo dificuldades para acessar o aplicativo e o site do Google Notícias na Rússia e que isso não se deve a nenhum problema técnico do nosso lado”, disse o Google em comunicado enviado à Reuters.

O Google News agrega notícias do mundo inteiro no PC e no celular (Imagem: Divulgação/Google)

Até agora, nenhuma declaração oficial foi publicada no site do Roskomnadzor, contudo, a interrupção do acesso ao serviço pode estar em andamento e, por conta disso, o órgão não teria anunciado a medida. O Google disse que “trabalhou duro para manter serviços de informação como o News acessíveis às pessoas na Rússia pelo maior tempo possível”.

Segundo o site Interfax, a decisão do órgão regulador russo partiu de um pedido do gabinete do procurador geral do Kremlin. Provavelmente, a ordem foi motivada pela insistência do governo em classificar o conflito na Ucrânia como “operação militar”, enquanto portais de notícia do mundo inteiro chamam a ação de “invasão”.

Mais um bloqueio

“O agregador de notícias online americano em questão forneceu acesso a inúmeras publicações e materiais contendo informações inautênticas e publicamente importantes sobre o curso da operação militar especial no território da Ucrânia”, disse a Interfax, numa citação do órgão regulador russo.

Com a novidade, o Google Notícia se junta às redes sociais Facebook, Twitter e Instagram na lista de plataformas banidas na Rússia. Recentemente, inclusive, a Meta foi classificada como “organização extremista” no país.

Recentemente, o governo russo tornou ilegal qualquer evento ou reportagem que descredibilizem os militares do país. A lei deve exigir que plataformas com conteúdo fornecido por usuários, tais como Youtube, acatem com ordens do governo local para excluir material que contrarie a perspectiva do Kremlin.

Fonte: Interfax