(FOLHAPRESS) – O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), que é pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes, defendeu que ele e o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, cheguem a um entendimento por meio de uma pesquisa para evitar que ambos sejam candidatos em outubro.

França teve uma conversa, nesta terça-feira (22), com o ex-presidente Lula (PT) para tratar da questão de São Paulo, que é um entrave para a federação entre PT e PSB.

O ex-governador levou a Lula sua proposta de que o candidato em São Paulo seja definido a partir de uma pesquisa contratada pelos partidos em maio. Segundo França, Lula ficou de discutir a ideia com Haddad e com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

“Lula compreendeu os meus argumentos. Naturalmente, o PSB e o PT têm uma tendência consolidada de caminhar juntos no Brasil”, disse França, acrescentando que o petista foi receptivo a sua ideia. O ex-governador, no entanto, afirmou que a consolidação da federação é difícil.

Ele disse acreditar que, em São Paulo, os partidos também estarão unidos, mas não há ainda um formato definido. “Acho possível fazer se houver um pouco de boa vontade de cada lado. E eu senti no [ex] presidente [Lula] uma boa vontade de juntar as partes”, completou.

França não deixou claro que papel ele poderia desempenhar na eleição caso a pesquisa em maio confirme o cenário atual, em que Haddad lidera. Petistas pregam que França seja candidato ao Senado.

O pessebista argumentou contra a possibilidade de que, se a federação não prosperar, ele e Haddad mantenham suas candidaturas, criando um palanque duplo para Lula em São Paulo. A hipótese não é mal vista entre petistas, para quem França poderia atrair votos conservadores que, sem ele, iriam para Tarcísio de Freitas (sem partido) ou Rodrigo Garcia (PSDB).

“Na prática […] é difícil você fazer duas candidaturas sem que haja divergência. Chega num debate e você faz pergunta para ganhar. […] Então, se puder num formato que esteja todo mundo junto, acho importante” disse.

Fonte: Noticias ao Minuto