De acordo com Marcelo Queiroga, os casos registrados no Brasil são de moradores do Amapá e do Pará
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta terça-feira (15/3), que o Brasil registrou dois casos positivos da variante Deltacron da Covid-19. A cepa, identificada pela primeira vez na França, combina características das mutações Delta e Ômicron.
De acordo com Queiroga, os casos registrados no Brasil são de moradores do Amapá e do Pará. “Nós monitoramos todos esses casos. Isso é fruto do fortalecimento da capacidade de vigilância genômica no Brasil”, explicou.
Questionado se a situação é motivo para preocupação, Queiroga afirmou que a variante Deltaceron requer “monitoramento”.
“Essa variante é de importância e requer monitoramento. As autoridades sanitárias estão aqui diante dessas situações para tranquilizar a população brasileira. As medidas são as mesmas. Se eu tivesse que indicar uma medida, seria a aplicação da dose de reforço. Se você não tomou, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima de onde você mora”, convocou o ministro.
O norte do país é um dos focos do Ministério da Saúde nas campanhas para incentivar a vacinação contra a Covid, uma vez que os índices de imunização nos estados da região são baixos, se comparados aos de outras unidades da federação.
Segundo Queiroga, os estados do Amapá e de Roraima ainda estão com coberturas baixas. Segundo o Consórcio de Veículos de Imprensa*, no Amapá, apenas 45,5% da população está imunizada com as duas doses. Em Roraima, o índice é de 47,9%.
“Vocês conhecem a região norte. O estado do Amazonas, que é aquela maravilha, mas há cidades que nós só conseguimos ter acesso através de barcos, de avião. Então, não é uma tarefa simples, Nós fizemos ações que culminaram no aumento da vacinação. Ainda temos o estado de Roraima e o estado do Amapá, que têm uma cobertura mais baixa, mas vamos nos empenhar para ampliar essa cobertura e isso só vai ser possível com a conscientização da população brasileira”, ressaltou o ministro.
Ômicron, Delta, Alfa e outras: conheça cepas já identificadas da Covid:
Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesseViktor Forgacs/ Unsplash
De acordo com a OMS, variantes consideradas de preocupação são aquelas que possuem aumento da transmissibilidade e da virulência, mudança na apresentação clínica da doença ou diminuição da eficácia de vacinas e terapias disponíveisMorsa Images/ Getty Images
Já as variantes de interesse apresentam mutações que alteram o fenótipo do vírus e, assim, causam transmissões comunitárias, detectadas em vários paísesPeter Dazeley/ Getty Images
Apesar da alta taxa de transmissão, a Ômicron possui sintomas menos agressivos que o coronavírusGetty Images
Em setembro de 2020, a variante Alfa foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. Ela possui alta taxa de transmissão e já foi localizada em mais de 80 países. Apesar de ser considerada como de preocupação, as vacinas em uso são extremamente eficazes contra elaAline Massuca/Metrópoles
Com mutações resistentes, a variante Beta também foi classificada como de preocupação pela OMS. Identificada pela primeira vez na África do Sul, ela possui alto poder de transmissão, consegue reinfectar pessoas que se recuperaram da Covid-19, incluindo já vacinadas, e está presente em mais de 90 paísesMorsa Images/ Getty Images
A variante Gama foi identificada pela primeira vez no Brasil e também é considerada de preocupação. Ela possui mais de 30 mutações e consegue escapar das respostas imunológicas induzidas por imunizantes. Apesar disso, estudos comprovam que vacinas disponíveis oferecem proteçãoNIAID/Flickr
A variante Delta era considerada a mais transmissível antes da Ômicron. Identificada pela primeira vez na Índia, essa variante está presente em mais de 80 países e é classificada pela OMS como de preocupação. Especialistas acreditam que a Delta pode causar sintomas mais severos do que as demaisFábio Vieira/Metrópoles
Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron também foi classificada pela OMS como de preocupação. Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, número superior ao das demais variantes, é mais resistente às vacinas e se espalha facilidadeAndriy Onufriyenko/ Getty Images
Classificada pela OMS como variante de interesse, a Mu foi identificada pela primeira vez na Colômbia e relatada em ao menos 40 países. Apesar de ter domínio baixo quando comparada às demais cepas, a Mu tem maior prevalência na Colômbia e no EquadorCallista Images/Getty Images
Apesar de apresentar diversas mutações que a tornam mais transmissível, a variante Lambda é menos severa do que a Delta e é classificada pela OMS como de interesse. Ela foi identificada pela primeira vez no PeruJosué Damacena/Fiocruz
Localizada nos Estados Unidos, a variante Épsilon é considerada de interesse pela OMS. Isso porque a cepa possui a capacidade de comprometer tanto a proteção adquirida por meio de vacinas quanto a resistência adquirida por meio da infecção pelo vírusGetty Images
As variantes Zeta, identificada no Brasil; Teta, relatada nas Filipinas; Capa, localizada na índia; Lota, identificada nos Estados Unidos; e Eta não são mais consideradas de interesse pela OMS. Essas cepas fazem parte do grupo de variantes sob monitoramento, que apresentam risco menorGetty Images
Desde o início da pandemia, dezenas de cepas da Covid-19 surgiram pelo mundo. No entanto, algumas chamam mais atenção de especialistas: as classificadas como de preocupação e as de interesseViktor Forgacs/ Unsplash
Fonte: Metrópoles